Camaquã segue entre o lote mais avançado e o mais atrasado da duplicação da BR-116
Enquanto lote entre Tapes e Camaquã tem conclusão de 91,57%, trecho entre Camaquã e Cristal não atingiu sequer metade do andamento
A cidade de Camaquã vive os dois extremos da duplicação da BR-116 na Zona Sul do Estado. O Lote 4, que vai do quilômetro 373,22 ao quilômetro 397,20 entre Tapes, Arambaré e Camaquã, possui 91,57% da obra executada.
Enquanto isso, o Lote 5, que vai do quilômetro 397,22 ao quilômetro 422,30, entre Camaquã e Cristal possui apenas 48,84% da obra executada. Recentemente, o atraso das obras no lote 5 renderam à Brasília Guaíba, empresa responsável pelo lote, uma multa de R$ 1,3 milhão. O motivo? A empresa está há mais de dois anos sem executar obras no trecho. Clique aqui e leia mais.
Leia também: Bolsonaro anuncia liberação de R$ 100 milhões para duplicação da BR-116
Durante a cerimônia de inauguração de 47 quilômetros de trechos duplicados da BR-116, no Sul do Rio Grande do Sul, no dia 12 de agosto, o presidente Jair Bolsonaro anunciou a liberação de R$ 100 milhões para as obras da rodovia.
A reportagem do Clic Camaquã esteve presente no evento e registrou diversas imagens. Clique na foto abaixo e confira a galeria de fotos exclusivas.
Quanto ao trecho mais atrasado da duplicação, entre Camaquã e Cristal, há a expectativa de que o Batalhão Ferroviário de Lages, que atualmente atua entre Barra do Ribeiro e Tapes, possa assumir a obra após o término do trecho pelo qual estão responsáveis.
Em relação ao trecho mais adiantado, existe a possibilidade de que 100% do mesmo seja entregue até o final de 2020, liberando assim, a duplicação completa entre Camaquã e Tapes.
Confira os locais liberados e o andamento dos serviços nos nove lotes de obra:
Em operação
Pelotas: 19,65 quilômetros (liberados em agosto de 2019)
São Lourenço do Sul: 12,25 quilômetros (liberados em agosto de 2019)
Camaquã: 15,1 quilômetros (liberados em agosto de 2019)
Turuçu: 7,7 quilômetros (liberados em março de 2020)
São Lourenço do Sul: 5,1 quilômetros (liberados em março de 2020)
Cristal: 9,2 quilômetros (liberados em março de 2020)
Barra do Ribeiro: 5 quilômetros (liberados em abril de 2020)
Tapes/Sentinela do Sul: 9,7 quilômetros (liberados em junho 2020)
Tapes/Sentinela do Sul: 8,7 quilômetros (liberados em julho 2020)
Evolução dos serviços nos nove lotes construtivos
Lotes 01 e 02: km 300 ao km 325 (Guaíba a Barra do Ribeiro) e km 325 ao km 351 (Barra do Ribeiro a Sentinela do Sul/Tapes) – 70,35% executado
Lote 03: km 351 ao km 373 (Sentinela do Sul/Tapes) – 88% executado
Lote 04: km 373 ao km 397 (Sentinela do Sul/Tapes – Camaquã) – 91,57% executado
Lote 05: km 397 ao km 422 (Camaquã – Cristal) – 48,84% executado
Lote 06: km 422 ao km 448 (Cristal – São Lourenço do Sul) – 67,69% executado
Lote 07: km 448 ao km 470 (São Lourenço do Sul) – 73,19% executado
Lote 08: km 470 ao km 489 (São Lourenço do Sul –Turuçu) – 85,45% executado
Lote 09: km 489 ao km 511 (Turuçu – Pelotas) – 90,32% executado
Empresa multada
Na última semana, a empresa responsável pela duplicação da BR-116 no trecho entre Camaquã e Cristal foi multada em R$ 1,3 milhão. O motivo? A empresa está há mais de dois anos sem executar obras no trecho, de acordo com o colunista da GZH, Jocimar Farina.
Segundo a publicação, a multa foi aplicada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), órgão que regulamenta a execução das obras em todo o território nacional.
A obra
A empresa é responsável pelas obras do lote cinco da duplicação entre Camaquã e Cristal, que possui cerca de 25 quilômetros. O valor do contrato é de R$ 170,6 milhões. Segundo Jocimar, quase metade dos serviços já foram executados desde setembro de 2012, totalizando 48,36% de conclusão, a menor porcentagem entre todos os trechos da duplicação entre Guaíba e Pelotas.
O DNIT afirmou que até dezembro de 2014,, o ritmo dos trabalhos tinha um ‘bom desenvolvimento’. Após o ano novo, as atividades não foram retomadas em 2015. A empresa entrou em recuperação judicial e retornou a trabalhar no local apenas no em meados de 2017.