“Muitas mulheres não denunciavam por medo. Hoje elas sabem que têm o apoio da Patrulha Maria da Penha”, conta policial
Em Camaquã, o serviço iniciou em maio de 2020 e reduziu número de casos mais graves
A Patrulha Maria da Penha da 30º Batalhão de Policia Militar de Camaquã é composta pelo soldado Tavares, soldado Zacker, capitão Madruga e pela soldado Nathália, integrante feminina do grupo. A equipe participou do programa Elas por Elas e trouxeram dados importantes sobre o trabalho desenvolvido na comunidade camaquense.
Em Camaquã, o serviço é oferecido há quase um ano. Foi em maio de 2020 que o batalhão da 30º BPM formou o grupo. O serviço especializado, que sempre foi necessário, foi promovido através de um estudo para assim, conseguir realizar as primeiras atividades com os patrulheiros. A equipe precisou fazer um curso, entendendo sobre a Lei Maria da Penha, empatia com as mulheres e em como realizar o acompanhamento das vítimas.
A patrulha realiza um acompanhamento eficaz das vítimas de violência doméstica e familiar, com medida protetiva de urgência deferida pelo Poder Judiciário. A equipe realiza visitas periódicas em suas residências ou outro local que a vítima indicar. As denúncias de violência doméstica devem ser realizadas pelo 190 ou pelo WhatsApp da patrulha (51) 98637-6204.
O objetivo da patrulha é evitar que a vítima sofra consequências piores da violência contra as mulheres. “A gente recebe um roteiro com visitas, fiscalização… estabelecemos um laço e orientamos”, afirmou a equipe.
Além disso, a patrulha tem uma parceria muito forte com a Rede de Atenção a Mulher (RAM) de Camaquã. Esse trabalho em conjunto, auxilia a vítima com acompanhamentos psicológicos e administrativos. “Desde o atendimento da patrulha, os casos mais graves diminuíram”, afirmou soldado e complementou que “muitas mulheres não denunciavam com o medo do depois e hoje elas sabem que têm o apoio da Patrulha Maria da Penha”, disse.
Tipos de violência contra a mulher
Física
Bater, empurrar, morder, puxar o cabelo, estrangular, chutar, queimar, cortar, torcer ou apertar o braço.
Moral
Fazer comentários ofensivos na frente de estranhos, humilhar publicamente ou expor a vida íntima da vítima (inclusive em redes sociais).
Patrimonial
Controlar, reter ou tirar o dinheiro da mulher, causar danos nos seus bens, objetos ou animais de estimação, reter documentos pessoais, instrumentos de trabalho.
Sexual
Forçar a ter qualquer forma de prática sexual, sem consentimento, quando a mulher não quer ou quando estiver dormindo ou doente, ou até mesmo forçar a praticar atos que causam desconforto
Psicológica
É aquela em que a vítima é humilhada, xingada, criticada continuamente ou desvalorizada. São atos como tirar a liberdade de ação ou crença, em que tenta mostrar que a mulher é desiquilibrada ou que impeça que ela trabalhe ou estude.
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