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ClicTV: A beleza empoderada da mulher negra

Conheça Cristiane, Raíssa e Lavínia, exemplos de autoestima, aceitação e orgulho de suas raízes


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 30/11/2017
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Um dos assuntos mais debatidos na atualidade são os padrões de beleza. Muitas mulheres tentam seguir moldes inalcançáveis e se tornam infelizes por desvalorizarem sua beleza natural, que é única.

Além de entrarem em batalhas forjadas pela ditadura da moda e beleza, as mulheres negras também sofrem com o preconceito. A maioria das pessoas não aceitam a beleza negra e hostilizam as mulheres desta raça, causando nelas um extremo desconforto na convivência social e, por consequência, a baixa autoestima.

Porém, existem mulheres que reuniram forças, ignoraram as críticas e comentários maldosos e honram suas raízes, sem medo da represália social. Nossa reportagem conversou com Cristiane Carrilho e suas filhas, Raíssa Farias e Lavínia Carrilho, que falaram sobre sua satisfação em mostrar que não existe apenas um padrão de beleza.

ASSISTA A ENTREVISTA:

Cristiane, de 39 anos, é secretária na escola Cônego Luiz Walter Hanquet, e, além de exercer esta função, também embeleza e incentiva mulheres, fazendo tranças e penteados de origem africana: “Na juventude eu atendia, fazia os penteados, tinha até agenda. Mas com o passar do tempo, com o trabalho e a maternidade acabei abandonando. Porém, devido ao fato das meninas pedirem para eu voltar a fazer, estou retornando em parceria com minha amiga Jeiza Silva”, conta a entrevistada.

“A adesão do pessoal está bem grande, todos perguntam bastante e querem conhecer o trabalho. Pensei que, pelo fato de eu também trabalhar na escola, o cansaço tomaria conta. Mas quando eu vejo as mulheres que chegaram aqui tristes, com baixa autoestima, saindo felizes e se sentindo bonitas, a vontade de embelezar aumenta. Cada cabelo feito é uma satisfação”, afirma Cristiane.

Além de ser fonte de inspiração a outras mulheres, Cristiane também inspira e incentiva suas duas filhas a terem orgulho de suas raízes. “Minha mãe usava cabelo liso e eu também, mas sempre tive o sonho de crescer e deixar meu cabelo natural. Com o passar do tempo, por me sentir escrava da química, resolvi fazer a transição, pois já nem lembrava como era meu cabelo natural. Não foi fácil, mas não me arrependo; não teria coragem de usar química novamente. Incentivo as meninas desde pequenas, porque assim como eu, elas também já sofreram preconceito”, completa.

Raíssa, de 17 anos, filha de Cristiane, iniciou sua transição após uma solicitação da agência de modelos onde trabalha: “A moça olhou para mim e disse que queria meu cabelo igual da minha mãe. No início fiquei insegura, pelo fato dele ficar com duas texturas e ser incômodo fazer penteados para tentar esconder. Mas aos poucos fui cortando e me senti mais livre, aceitando e admirando meu cabelo como ele é. Não me sinto mais oprimida ou com medo de sair na rua; posso me sentir natural e viver do jeito que eu sou”, conta a jovem.

Lavínia, de apenas 9 anos, já é exemplo de autoestima e aceitação para muitas mulheres: “Eu gosto de ter o cabelo crespo. Por mais que as pessoas falem do meu cabelo, eu não ligo, porque ele é meu e quem tem que gostar dele sou eu. Me sinto bem com ele, sempre gostei, sempre quis deixar ele solto, um black. As colegas que falavam mal de mim, hoje em dia querem ter um cabelo igual o meu. Eu sempre me inspirei na minha mãe e então comecei a deixar meu cabelo livre”, afirma a menina.

Cristiane contou alguns episódios de preconceito em que ela e suas filhas passaram: “Elas já ouviram coisas como “cabelo de bombril”, “cabelo de esponja”, “sai da frente com esse cabeção”. Quando a Raíssa era pequena, uns meninos que estavam na calçada ficaram olhando, apontando e rindo. A mãe deles estava varrendo próximo dalí e não fez nada; até que eu virei para as crianças e perguntei se eles haviam perdido alguma coisa. Então eles saíram correndo, assustados”, acrescenta.

A secretária também conta que em sua juventude, quando trabalhava em uma fábrica de calçados, era chamada de “neguinha” por uma colega que possuía cargo superior: “ninguém estava trabalhando e ela olhava para mim e dizia “vai trabalhar, neguinha”, completa.

Ela afirma que sempre incentivou suas filhas a sentirem orgulho de serem quem são: “se elas quiserem alisar seus cabelos futuramente, que seja por vaidade, por opção, e não por medo da represália da sociedade. Sempre digo que elas têm que sentir orgulho das suas raízes e fazerem as pessoas as respeitarem, porque racismo é crime”.

Cristiane acredita que as mulheres precisam se amar e se valorizar mais, e que “cabelo bonito é cabelo bem cuidado, independentemente de ser liso, loiro ou com trança”. “Aqui em casa eu, minhas filhas e minha irmã aderimos. A gente sempre tenta servir de inspiração às mulheres para que elas se cuidem e se valorizem”, finaliza a entrevistada.


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