Jovem camaquense procura informações sobre seu passado
Patrick é filho de “Vivi”, uma andarilha que faleceu após ser atropelada por uma camionete da CEEE entre 2001 e 2002, quando ele era um bebê
Um jovem camaquense, que atualmente mora na cidade de Cerro Grande do Sul, pediu a ajuda da comunidade para encontrar informações sobre o seu passado. Patrick Duarte informou que sua mãe biológica era moradora de rua e conhecida em Camaquã como “Vivi”.
A mulher morreu entre os anos de 2001 e 2002, depois de ter sido atropelada por uma camionete da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), na BR-116. O jovem está buscando por informações que o ajudem a entender a história da mãe.
Patrick contou, que a falecida mãe morou na rua desde muito nova, devido às complicações que teve em sua vida. “Acredito que ela deva ter passado muitas necessidades, por que a rua não é um lugar fácil de viver, ainda mais por 3 anos”, relatou.
O jovem comentou que recebeu a informação que na época que sua mãe vivia na rua, andava com uma mulher conhecida por “Cristina”. Vivi também recebeu ajuda de Sandra Benetti, uma senhora que morou no bairro Ouro Verde.
Essa senhora ajudou a mãe de Patrick doando roupas e alimentação. Um tempo depois a Vivi “apareceu” grávida e foi acolhida na casa de Sandra. A senhora faleceu há alguns anos.
“Após meu nascimento, essa senhora ajudou a cuidar de mim também. Quando eu estava com 8 meses veio a notícia do atropelamento da minha mãe e de seu falecimento”, contou.
Depois disso, a senhora Sandra cuidou de Patrick até que o processo de adoção fosse concluído e uma outra família recebesse a guarda dele. “Sou eternamente grato por tudo que ela fez por mim e por minha mãe”, afirmou.
O jovem comentou que essas são todas as informações que tem sobre o seu passado. “Há anos procuro entender meu passado, procurar lembranças de minha mãe, encontrar pessoas que a conheceram para esclarecer minhas dúvidas”, falou.
Patrick ressaltou que só quer construir lembranças da mãe e conhecer mais o seu passado. Ele lembrou o quanto é doloroso não poder ter a conhecido e convivido com ela.
“Sofri muito com a falta dela desde minha infância, por não poder ter conhecido ela. Mesmo com todas dificuldades, enfrentei todos os problemas. Evitei deixar que isso me revoltasse. Tive o apoio de meus pais [adotivos], que estiveram sempre ao meu lado, aos quais devo tudo, pois sem eles não sei o que seria de mim”, finalizou seu relato.
Se você tem informações que possam ajudar Patrick a conhecer mais sobre o seu passado, entre em contato com o jovem. Relatos podem ser encaminhados através do Facebook do rapaz.
