Três atletas do Inter teriam usado documentos falsos para obter passaporte italiano
Empresário de Sasha e Ferrareis afirma que documentação foi entregue no consulado
Os jogadores do Inter Sasha, Gustavo Ferrareis e Eduardo Henrique foram citados em matéria da Agência Ansa, da Itália, entre atletas que teriam adquirido passaporte com documentos falsos. Dois homens foram presos nesta sexta-feira pela polícia italiana em uma operação. O empresário de Sasha e Ferrareis, Augusto Nogueira, negou que seus assessorados tenham obtido o documento de forma ilegal.
“Fomos pego de surpresa, pois trabalhamos nisso durante quase três anos em busca de documentação e legalização. Todos eles foram encaminhados para o consulado e legalizados por eles na Itália, onde foi concedido a cidadania deles. Desconheço a comunidade onde foi feita. Estamos totalmente tranquilos”, afirmou Nogueira.
Os dois suspeitos de corrupção, falsificação material e ideológica e favorecimento de imigração clandestina foram presos pela polícia de Castello di Cisterna, na província de Nápoles. Os detidos são responsáveis por um departamento do estado civil de Brusciano (Nápoles) e por uma agência de práticas administrativas de Terni, que mediante prévio pagamento dos cidadãos brasileiros, falsificava seu “ius sanguinis” (direito de sangue).
Graças ao “ius sanguinis”, uma pessoa pode adquirir uma nacionalidade pela ascendência, mas, segundo a polícia, os detidos não seguiam os requisitos previstos pela lei. Entre 300 jogadores brasileiros envolvidos, além do trio do Inter, estariam Bruno Henrique, do Palermo, e Gabriel Boschilia, do Mônaco.