Inter tem reunião marcada sobre gestão de Vitorio Piffero
Técnicos da Ernst & Young explicarão relatório aos conselheiros no próximo dia 5 de setembro
Até o final de semana, os conselheiros receberão uma nova convocação: no dia 5 de setembro, será realizada a reunião para apresentação do relatório da due diligence feita pela Ernst & Young nas contas da gestão do ex-presidente Vitorio Piffero. Antes, os conselheiros terão acesso ao documento, mas não poderão levá-lo para casa, fotografá-lo ou fazer cópia de todo ou de partes dele. “Esse assunto está apenas no seu começo. Muita coisa vai acontecer ainda”, enfatiza um dirigente que conhece o relatório.
A sistemática para disponibilizar as conclusões da due diligence deve repetir a usada quando o Inter estava prestes a assinar o contrato com a Andrade Gutierrez. Agora, como naquela vez, o documento ficará à disposição dos conselheiros em uma sala no Beira-Rio somente para leitura. Não serão permitidas anotações ou fotografias. Além disso, cada conselheiro terá de assinar um termo de confidencialidade, prometendo não “vazar” o conteúdo do material.
A reunião do dia 5 de setembro deve começar com uma apresentação dos técnicos da Ernst & Young, seguida por uma explanação dos atuais dirigentes do clube. Conselheiros mais experientes acreditam que haverá a formação de uma comissão para analisar o relatório e, principalmente, colher informações complementares com os dirigentes da época em questão. Será a oportunidade para Vitorio Piffero e seus colegas de gestão apresentarem explicações para os problemas apontados pela due diligence.
Depois de um período, que deverá ser de semanas ou até de meses, essa comissão deverá apresentar um relatório com suas conclusões. Então, o CD reúne-se novamente para decidir, finalmente, qual será o encaminhamento final para o assunto.
O relatório da Ernst & Young tem cerca de 300 páginas e apresenta uma radiografia da gestão Piffero. Entre os problemas apontados, conforme antecipou o Correio do Povo na semana passada, está o pagamento de cerca de R$ 9 milhões para cinco empresas de construção civil entre janeiro de 2015 e dezembro de 2016 sem que houvesse, segundo os auditores, obras que correspondessem a este valor no Beira-Rio.
