Inter enfrenta o Fluminense para manter a glória dos seus 107 anos
Mesmo vencendo o Fluminense hoje, Inter depende de outros resultados para ficar na série A
No gramado do estádio Giulite Coutinho, em Mesquita, na região metropolitana do Rio de Janeiro, o Inter pode viver um dos capítulos mais constrangedores e amargos dos seus 107 anos. Além de vencer o Fluminense neste domingo, em jogo decisivo para salvar sua gloriosa história, os colorados precisam torcer por uma goleada do Palmeiras sobre o Vitória ou, no máximo, de um empate ou vitória do Figueirense, que joga contra o Sport, em Recife. Os dois times nordestinos entram com gana para ficar na Série A, enquanto o campeão, o Verdão, e o já rebaixado time catarinense não têm mais nenhuma ambição.
Mas o Inter se apega na réstia de esperança que lhe resta dentro de campo. Mobilizado, Lisca fechou o último treino em Porto Alegre, na sexta, para um trabalho especial, marcado pela emoção dele com os jogadores. Ele não deu treinamento nenhum. “Queria mais privacidade. Congracei com jogadores e funcionários e agradeci pelo momento”, afirmou Lisca, que segue: “O treino foi mais uma despedida da gente, mas com alegria e afeto. Abracei os jogadores”.
O treinador, aliás, fez o que estava ao alcance no pouco tempo que esteve a frente do Inter. Contrariando uma alcunha que carrega desde suas passagens pelo futebol nordestino, Lisca provou que, de louco, tem muito pouco. Na verdade, nada. Pegou um Inter agonizante e, apesar de não ter conseguido melhorar a sua situação na tabela de classificação do Brasileirão, fez um trabalho elogiável. “Preciso dar uma reciclada, uma parada. Curti para caramba, mas me desgastei. Terminará legal. Ganhando, ficando na Série A. Mais tarde eu volto”, previu Lisca, sempre otimista.
Na sexta, o time embarcou para solo carioca. No hotel, onde a delegação colorada esteve hospedada, o Windsor Excelsior, na Avenida Atlântica, coração de Copacabana, ponto nobre do Rio de Janeiro, um aparente clima de normalidade, apesar da periclitante situação na tabela de classificação reinava. No sábado, os atletas fizeram um trabalho físico num centro de treinamento da Marinha, na Urca. O Inter tem três defecções no Rio de Janeiro, todas por motivos comportamentais. Os laterais Geferson e Artur e o atacante Eduardo Sasha não mostraram a capacidade de reação que Lisca acha necessária para o atual momento do time no Campeonato Brasileiro e, por isso, ficaram em Porto Alegre.
Brasileirão – 38ª Rodada
Fluminense:
Júlio César; Wellington, Nogueira, Henrique, William Matheus; Douglas, Edson, Gustavo Scarpa; Wellington, Richarlison, e Henrique Dourado
Técnico: Marcão
Inter:
Danilo Fernandes; William, Paulão, Ernando e Alex; Anselmo, Rodrigo Dourado, Anderson; Valdívia, Nico López e Vitinho.
Técnico: Lisca.
Árbitro: Héber Roberto Lopes de Souza (PR)
Local: Giulite Coutinho (Mesquita), no Rio de Janeiro.
Horário: 17h.