Em 34 dias, RS registra três desaparecidos e 48 mortos por afogamento
Número de óbitos em áreas não cobertas pelos salva-vidas dobrou em relação ao mesmo período de 2015
Subiu para três o total de pessoas desaparecidas em águas desde o início da operação Golfinho, em 19 de dezembro. Em 34 dias, outras 48 morreram no Rio Grande do Sul. Na tarde de ontem, um homem identificado apenas pelo primeiro nome, Felipe, desapareceu em um açude de Candiota, na Campanha, onde entrou para se banhar. Segundo testemunhas, trata-se de um morador de São Paulo que está na cidade trabalhando em uma obra de uma empresa de cimento. As buscas foram encerradas hoje e serão retomadas nesta sexta.
Em Entre-Ijuis, Dari Ghen está desaparecido desde a tarde de domingo no rio Ijui Grande. Não há informações sobre as circunstâncias do incidente. Os chinelos dele foram encontrados em uma das margens. Em Agudo, o eletricitário da AES Sul Wagner Ribeiro dos Santos está desaparecido desde 24 de dezembro nas águas do Arroio Corupá.
Entre os casos de óbito, o mais recente ocorreu no rio Vacacaí Mirim, em São Gabriel. Getúlio Gomes da Silva, de 52 anos, teve o corpo encontrado ontem. Das 48 mortes, 43 ocorreram em áreas não protegidas por salva-vidas e cinco em locais com a proteção, todas essas no mar. O total de óbitos aumentou, nas duas situações. Nas áreas com socorristas, a elevação é de 25% na comparação com o ano passado. Já nas não cobertas, a maioria em rios, açudes e lagoas, o número de casos quase dobrou.