Professores mantêm greve, mesmo com corte de ponto
Terça-feira o Cpers tem audiência no Piratini com representantes do governo
Começa nesta segunda-feira a greve dos professores estaduais, por tempo indeterminado, mesmo com a possibilidade de corte de ponto. Conforme a presidente do Cpers/Sindicato Helenir Aguiar Schürer, a orientação é de que os professores façam um ponto paralelo, caso o governo do Estado efetive o corte. Ao todo, 30 núcleos optaram pela paralisação.
“Em todas as greves tem anúncio de corte de ponto, mas nós debatemos muito e vamos nos manter paralisados”, afirmou Helenir. Segundo ela, a mobilização deve ser semelhante a realizada em 2008 e a expectativa é de que a adesão seja feita de forma crescente. “A greve vai começar com a necessidade de crescimento”.
Nesta terça-feira o Cpers tem uma audiência marcada para às 9h, no Palácio Piratini, na Capital, com representantes do governo do Estado para debater a paralisação e a pauta que já havia sido entregue no ano passado. Para a ocasião, o sindicato exigiu a presença dos secretários da Fazenda, da Casa Civil e do secretário-adjunto da Educação, já que o titular da secretaria Carlos Eduardo Vieira da Cunha está em período de férias.
Algumas escolas estaduais também devem seguir ocupadas por alunos, seguindo o que já acontece desde a última semana. “Nós professores nos sentimos gratificados com o apoio, porque a Educação não deve ser uma luta apenas de professores e funcionários”, salientou. A orientação é de que os pais não mandem os filhos para as escolas durante o período de greve.
A Secretaria Estadual de Educação divulgou nota no final da semana passada sobre a greve dos professores e a ocupação das escolas enfatizando que o governo do Estado segue fazendo esforços para recuperar o equilíbrio financeiro das contas públicas. Além disso, a nota salienta a necessidade de que as aulas sejam mantidas regularmente, assim como a postura de diálogo por parte do governo deve permanecer.