Professores estaduais aprovam greve por tempo indeterminado
Principal motivo de reclamação dos educadores é o parcelamento dos salários. Este mês a categoria recebeu R$ 350
Os professores da rede pública estadual decretaram, nesta terça-feira (5), greve por tempo indeterminado. A decisão foi aprovada nesta manhã em assembleia geral da categoria realizada no Largo Glênio Peres, no Centro de Porto Alegre.
Segundo o Cpers-Sindicato, a greve tem validade imediata, incluindo para os turnos de aula de hoje, caso professores queiram aderir.
A realização da assembleia foi seguida de marcha dos professores, que caminharam do Mercado Público até a Praça da Matriz. Apenas a Rua Duque de Caxias segue bloqueada.
— Temos um governo que assumiu e, no primeiro dia, se deu reajuste de 64% para todos os secretários, mas não tem capacidade para pagar salário de professor. É difícil — diz a presidente do CPERS/Sindicato, Helenir Aguiar Schürer
Os professores protestam contra o parcelamento de salários – este mês a primeira parcela é de R$ 350 – e do 13º salário. Os docentes relatam dificuldades financeiras.
— Virou uma bola de neve, pois temos que refinanciar o financiamento que já temos no Banrisul, e o banco segue cobrando juros — relata o professor de informática Geizo Rosner, de Capão da Canoa.
O magistério também cobra a retirada de projetos em tramitação na Assembleia Legislativa, entre eles o que altera a aposentadoria de servidores públicos, o que muda a data de pagamento e os que extinguem a licença prêmio e o adicional por tempo de serviço.
A Secretaria Estadual da Educação (Seduc) disse que não vai se manifestar por enquanto já que o motivo principal da paralisação é o parcelamento de salários, o que está fora da competência da pasta.