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Professora pedala pelo sertão do Ceará com ‘educação delivery’ para crianças com deficiência

Já são quase 30 estudantes ‘adotados’ por ela ao longo da pandemia


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 29/05/2021
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Desde março de 2020, a professora Noadias Novaes, de 38 anos, pedala em estradas de terra de Cruxati, no sertão do Ceará, para dar aulas a crianças e adolescentes com deficiência. Coloca as mesas na calçada e, mantendo o distanciamento social, propõe atividades pedagógicas.

“Quando começou a pandemia, fiquei pensando: como vou prosseguir meu trabalho? Esses alunos precisam de continuidade. Se eu parasse, eles poderiam regredir na fala, na questão motora, na cognição. Como a maioria não tinha internet, decidi ir de porta em porta”, conta.

A princípio, Noadias daria aula apenas para os alunos da rede municipal que recebiam o atendimento educacional especializado (AEE) — modalidade oferecida a pessoas com deficiência no contraturno escolar, para complementar o que é ensinado na sala de aula comum.

Mas sua iniciativa de “educação delivery” começou a se popularizar na região. “Por exemplo: eu ia atender só o Evair [de 15 anos, que tem deficiência intelectual]. Quando chego, vejo que os irmãos dele também querem estudar. Os pais arrumam todo mundo, me esperam e perguntam: ‘Você não pode ensinar mais esses daqui?’”, conta. “E eu vou dizer que não? Não tem como.”

Só na casa deste aluno, Noadias passou a ter uma turma de 6 crianças. Além dos familiares dele, vizinhos também veem que ela está chegando e já correm para participar da aula.

Na região, é raro que alguém tenha acesso à internet — os alunos estão desde 2020 sem qualquer tipo de ensino remoto. Por isso, Noadias “os adotou”, como ela mesma diz. Atualmente, já são 26 estudantes “extras”.

Inclusão de verdade

“Eu me sinto como se fosse numa sala de aula, fazendo inclusão. Monto currículos que possam ser adaptados para todos os alunos, com e sem deficiência”, conta.

“Até o município do Cura, por exemplo, que é mais distante, eu ando 40 minutos de bicicleta. Aí, ensino 5 crianças em uma casa. Quando termino lá, prossigo em uma estrada bem longa, até a casinha do Carlos Eduardo, que tem síndrome de Down. Ele me espera junto com outras 11 crianças [sem deficiência]. Tem gente da creche, da alfabetização e do ensino fundamental”, diz.

O que Noadias está fazendo durante a pandemia, nas calçadas, é um projeto que, de fato, respeita os princípios da inclusão. Em escolas regulares, é comum que apenas se aceite a matrícula do aluno com deficiência, mas o mantenha totalmente à parte do que é desenvolvido com a turma.

“Eu separo todos os meus alunos em quatro grupos. Faço uma sondagem e vejo, por exemplo, os que estão em fase de alfabetização. Podem estar tanto os alunos de AEE quanto os sem deficiência”, diz. “A partir desses nichos, elaboro o material.”

No Dia das Mães, as crianças de nível inicial pintaram um cartão. As que estavam sendo alfabetizadas aprenderam a escrever um texto pequeno, com sílabas simples. E as de fundamental I e II interpretaram um poema mais difícil sobre o assunto. “São temas parecidos, que vou adaptando”, diz Noadias.

Ela conta que existe uma troca benéfica para todos. “Faço estudos em pares. Quem está ajudando o colega também aprende”, diz.

Evair, por exemplo, conta com o esforço da professora e com o auxílio dos colegas. Aos 15 anos, ele não sabia ainda segurar o lápis. Hoje, afirma Noadias, o jovem já escreve o próprio nome e junta sílabas.

“Ele tem uma deficiência intelectual nítida, mas que nunca foi diagnosticada. Foi reprovado várias vezes porque não tinha um laudo médico.”


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