“Nossa carga horária triplicou”, afirma professora
Iarita Ávila de Souza participou do Bom Dia Camaquã e falou sobre a nova rotina dos professores
O programa Bom Dia Camaquã desta quinta-feira, 22 de outubro, recebeu a professora Iarita Ávila de Souza, diretora geral do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS/Sindicato) de Camaquã. No estúdio da ClicRádio, a professora falou sobre a discussão referente à volta às aulas no Rio Grande do Sul.
No início da entrevista, a professora criticou a decisão do governador Eduardo Leite de flexibilizar o retorno das aulas neste momento. Segundo ela, o Governo do RS tirou a responsabilidade das próprias mãos e transferiu para Prefeituras, escolas e os próprios pais dos alunos.
Na tarde desta quinta-feira (22), o Governo do RS comunicou a antecipação do retorno de aulas presenciais dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Clique aqui e leia a matéria completa.
“Nossa carga horária foi triplicada. Nós temos que enviar as aulas no Google Classroom, temos que criar as videoaulas, temos que fazer a correção, as devolutivas dos alunos… a nossa carga horária tá bem pesada”, relatou Iarita. Ela ainda destacou que muitos professores ouvem que os mesmos não querem trabalhar e estão apenas em casa, mas que a realidade é bem diferente, sendo que todos estão trabalhando muito desde o começo da pandemia.
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Iarita ainda relatou que além de não haver repasse de equipamentos de proteção individual (EPI’s) para os alunos e professores, também não há mão de obra suficientes para realizar as sanitizações necessárias em todas as escolas da Rede Pública.
“É um momento muito difícil, mas os professores deram a volta por cima” destacou a diretora. Segundo ela, a pandemia no âmbito da educação parece um “filme de terror” e a cada dia, os professores possuem um novo aprendizado. Ela ainda ressaltou que muito disso será levado e muitas das novas tecnologias utilizadas atualmente poderão ser incorporadas para incrementar o ensino.
Iarita também afirmou que o ano de 2021 deverá ter uma continuação do ensino iniciado em 2020, que ainda que com o formato híbrido, deve levar anos para que todos os conteúdos sejam recuperados e ensinados, sem que haja prejuízos para os alunos. Ela ainda afirmou que não há algo concreto sobre como serão as aulas no ano de 2021 e como será feito para recuperar todos os conteúdos. “Dias melhores virão. Essa é a expectativa que a gente tem. Pedimos que os pais e familiares acompanhem as tarefas dos filhos, que incentivem, porque é muito importante a participação e a cobrança dos familiares neste momento”, finalizou.
Confira a entrevista completa a partir de 30 minutos de transmissão: