Acordo entre Assembleia e governo do RS vai garantir que estudantes da rede estadual tenham acesso à internet
Assembleia Legislativa vai devolver R$ 5,4 milhões do seu orçamento ao longo do ano para que 900 mil alunos e professores tenham smartphones cadastrados para acessarem plataformas educacionais
A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul vai devolver R$ 5,4 milhões do seu orçamento ao governo estadual, ao longo do ano, para que estudantes da rede estadual de ensino tenham acesso à internet.
O objetivo é que, por meio da Secretaria Estadual de Educação, a verba seja destinada a oferecer internet para smartphones de até 900 mil alunos e professores gaúchos. A ampliação da franquia só permitirá acesso a conteúdos educacionais.
As aulas presenciais da rede estadual estão paralisadas desde o dia 19 de março devido à pandemia de coronavírus.
A iniciativa é do deputado estadual Gabriel Souza (MDB). “Nunca haverá a substituição do ambiente escolar, em especial no Ensino Fundamental e Médio, mas, neste momento, temos de encontrar uma solução razoável para oferecer a continuidade do ano letivo com a mínima qualidade necessária”, diz.
Nas próximas duas semanas a Secretaria de Educação vai trabalhar no cadastramento das linhas de celular junto às quatro operadoras de telefonia que atuam no RS (Vivo, TIM, Oi e Claro) e no treinamento dos professores.
A transmissão do conteúdo será por meio do aplicativo Google Classroom (Google Sala de Aula). A velocidade da conexão será de 50 Mbps (megabits por segundo).
Segundo o secretário estadual de educação, Faisal Karam, a meta é que as aulas virtuais com alunos e professores comecem na primeira semana de junho.
“Os educadores terão autonomia para escolher e priorizar os conteúdos, que serão novos. Infelizmente, não teremos tempo hábil para cumprir o calendário completo neste ano”, destaca.
O secretário destacou ainda que as atividades à distância terão continuidade na rede estadual mesmo após o retorno das aulas presenciais.
Quando for possível a volta às classes escolares, os alunos serão submetidos a um teste virtual para atestar o conhecimento assimilado durante as aulas à distância. A avaliação será aplicada pela Universidade Federal de Juiz de Fora, a mesma que aplica a Prova Brasil.