Sindicatos gaúchos iniciam mobilização contra o parcelamento
O governo do estado depositou nesta quinta-feira R$ 350 para cada servidor
O 21º parcelamento de salários do funcionalismo público gaúcho foi recebido com revolta pelos servidores, já que o primeiro depósito foi de apenas R$ 350. Os movimentos sindicais deram início a uma agenda de mobilização, que começa nesta quinta-feira. Protestos estão previstos para acontecer em várias regiões do Rio Grande do Sul ao longo dos próximos dias.
Os professores da rede estadual de ensino devem participar de atos em frente a agências do Banrisul nesta sexta e na segunda-feira da próxima semana. Uma assembleia geral extraordinária será promovida no dia 05 de setembro. Segundo o diretor do CPERS, Enio Mânica, a realização de greve não é descartada.
“A gente está vivendo miseravelmente, R$ 350 é algo inacreditável. A gente já está endividado e agora o desespero é total”, diz Mânica.
Sindicatos que representam os policiais civis do Rio Grande do Sul têm convocado a categoria a permanecer na frente dos respectivos órgãos de trabalho, portando o extrato com o depósito bancário. A orientação é de que somente os casos mais graves sejam atendidos. Na sexta, deve ser definido o futuro das mobilizações, como destaca o presidente do Sinpol, Emerson Ayres.
“Chegou ao ponto que a categoria irá responder à altura a forma desrespeitosa com que o governo está tratando os policiais civis e todos os funcionários públicos do Rio Grande do Sul”, Ayres
A ABAMF, que representa funcionários da Brigada Militar, informou que protestos devem ser realizados nos centros das principais cidades do estado nesta sexta. Em Porto Alegre, um ato está agendado para as 10 horas da manhã na Esquina Democrática. De acordo com o presidente em exercício da associação, Solis Paim, o parcelamento de salários tem claros impactos na segurança pública.
“O governo está brincando com a segurança pública e como nossas famílias, conosco e com nossos credores. Nós vamos alertar a sociedade do descaso do governo com nossa área”, afirma Paim.
Outra categoria que faz parte da segurança pública estadual, os agentes penitenciários também iniciam manifestações contra os salários parcelados. O presidente da Amapergs, Flavio Berneira, fala de um profundo descrédito no Poder Judiciário.
“Nós temos um decisão no Tribunal de Justiça que determina o pagamento integral dos salários. Os servidores estão desmotivados e suas famílias abaladas”, diz Pereira.
Entidades sindicais que representam funcionários da Polícia Civil e da Susepe devem decidir nesta quinta se iniciam uma operação padrão por tempo indeterminado, impactando os serviços penitenciários e o atendimento policial à população.
