Moinhos vão repassar alta, e farinha deve subir 10%
Publicado 03/06/2016
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O aumento do preço do trigo no mercado interno em maio fará a indústria reajustar em 10% o valor da farinha neste mês de junho, segundo o presidente do Sindicato da Indústria do Trigo de São Paulo (Sindustrigo), Christian Saigh. “Em pouco mais de três semanas, os preços aumentaram 20%, de
R$ 750,00 a tonelada para R$ 900,00. Com essa alta não será possível manter os preços atuais por mais de 30 dias”, afirmou. As cotações do cereal dispararam no último mês porque, além de não haver grandes estoques do cereal colhido em 2015, indústrias de carnes e fabricantes de ração demandaram trigo para substituir o milho, cujos preços subiram ainda mais. Grandes empresas têm disputado com moinhos o pouco trigo com qualidade para panificação que resta neste período de entressafra no Brasil. “Há mais de 20 anos não víamos essa disputa entre granjeiros e moinhos.”
R$ 750,00 a tonelada para R$ 900,00. Com essa alta não será possível manter os preços atuais por mais de 30 dias”, afirmou. As cotações do cereal dispararam no último mês porque, além de não haver grandes estoques do cereal colhido em 2015, indústrias de carnes e fabricantes de ração demandaram trigo para substituir o milho, cujos preços subiram ainda mais. Grandes empresas têm disputado com moinhos o pouco trigo com qualidade para panificação que resta neste período de entressafra no Brasil. “Há mais de 20 anos não víamos essa disputa entre granjeiros e moinhos.”
A alta em tão curto espaço de tempo surpreendeu os moinhos, que não tinham estoques longos do produto nacional. Desde o ano passado, devido à queda do consumo interno dos derivados de farinha, a indústria tem evitado alongar os estoques. A falta de capital de giro e a menor disponibilidade do mercado financeiro em liberar recursos também explicam essa cautela, disse Saigh. Ele estima que o volume de trigo nos armazéns dos moinhos brasileiros seja 30% menor que em igual época do ano passado.