Greve do INSS ganha força na próxima semana
Expectativa é que na segunda-feira os 26 estados e o Distrito Federal tenham aderido à paralisação
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS), Sandro Cezar, afirmou hoje que a greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que entrou no quarto dia, deve ser intensificada na próxima semana. A expectativa da entidade é que na segunda-feira os 26 estados e o Distrito Federal tenham aderido à paralisação.
Pelos dados do último balanço do Ministério da Previdência Social, divulgado na tarde de ontem, das 1.605 agências do país, há 212 totalmente paradas e 322 com atendimento parcial. Os dados divulgados não incluem o estado de São Paulo em razão de feriado local.
Pelo balanço do ministério, a greve não afetou os estados do Acre, de Alagoas, do Amazonas, Espírito Santo, de Rondônia, Roraima e do Tocantins. Segundo os dados divulgados pelo governo, 1.745 servidores registraram falta por motivo de greve, o que corresponde a 5,3% dos trabalhadores do INSS. Nova atualização deve ser divulgada no fim da tarde desta sexta-feira.
O presidente da CNTSS disse que os servidores do INSS exigem reajuste salarial de 27 % – percentual maior que os 21% oferecidos pelo governo aos servidores federais –, além de incorporação da gratificação de desempenho de atividade no salário e concurso público para ampliar o quadro de pessoal. “A greve permanece até serem atendidas as reivindicações. A ideia é que, quando terminar o movimento, os servidores se esforcem para repor o serviço que deixou de ser feito.”
Quem não for atendido em um posto por causa da greve do INSS, vai ter a data remarcada. O reagendamento precisa feito pela própria agência. O segurado pode confirmar a nova data pelo telefone 135, no dia seguinte ao que tinha atendimento previsto. O instituto informou que vai considerar a data originalmente agendada como o dia de entrada do requerimento, para evitar prejuízo financeiro nos benefícios do segurado.