Greve do INSS completa um mês com 15% das agências totalmente fechadas no RS
Principal prejuízo é para a concessão de aposentadorias
A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) completa um mês, na próxima sexta-feira, com cerca de 15% das agências totalmente fechadas no Rio Grande do Sul. Em dezenas, porém, o serviço é parcial. O principal prejuízo é para a concessão de aposentadorias, admite o INSS. Entre as 109 agências em todo o Estado, 17 estão com as portas fechadas desde 7 de julho.
Seguem paralisados serviços como a contabilização do tempo de contribuição e exame de documentação para concessão de aposentadoria. O INSS não dispõe de um levantamento de quantos trabalhadores são prejudicados, mas estima-se que sejam milhares em todo o País.
No caso da aposentadoria, é necessário continuar trabalhando, mas o pagamento do benefício é relativo à data do primeiro atendimento. Já nas solicitações de licença saúde, as perícias não são prejudicadas porque os médicos não aderiram à greve.
Conforme o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Previdência, Giuseppe Finco, a greve é a maior da categoria desde a paralisação de 2001, quando 90% dos servidores aderiram ao movimento. “Ontem, dos 20 mil trabalhadores em todo o Brasil, havia mil em serviço. Isso significa que há um servidor por agência do INSS. São dados da própria sala de monitoramento do Ministério da Previdência. Seguramente é a maior greve da história da categoria”, sustenta.