Estado admite risco de terceiro parcelamento seguido do 13º
Governo condiciona benefício a venda de ações do Banrisul e adesão ao Regime de Recuperação Fiscal
Mesmo que o Piratini conte com a venda das ações do Banrisul e com a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal, até o fim de dezembro, as perspectivas de pagamento do 13º salário em dia seguem em compasso de espera. O mais provável é que o benefício seja pago pelo terceiro ano consecutivo de forma parcelada.
Hoje, o governador José Ivo Sartori enviou o projeto de lei para o Estado aderir ao Regime, mas o governo vai enfrentar forte resistência dos deputados quando o tema começar a ser debatido. A proposta já deve ser alvo de discussão em audiência na próxima sexta-feira.
O governo prepara a oferta de 49% das ações ordinárias e 14,2% das preferenciais do Banrisul. A expectativa é de faturamento de aproximadamente R$ 2 bilhões, o que paga, no máximo, duas folhas do funcionalismo. Além disso, o dinheiro dos papéis somente pode ser utilizado na execução de operações de crédito, o que força a Secretaria da Fazenda a fazer uma espécie de “malabarismo contábil” para poder utilizar o dinheiro das ações no pagamento de salários.
O Piratini ainda não quitou o 13º do ano passado, parcelado em 12 vezes. Junto à folha de novembro, vai ser paga a última parcela do benefício de 2016 e metade do 13º dos funcionários das fundações, regidos pela CLT.