Escolas privadas do RS preveem aumento de 11,5% nas mensalidades para 2017
Apesar do reajuste, 38,8% das instituições estimam ampliar em até 5% o número de estudantes
O Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (SINEPE/RS) prevê para o próximo ano reajuste nas mensalidades das instituições de ensino privadas. De acordo com pesquisa realiza pela entidade, o aumento deve ser de 11,5%. O estudo foi feito no mês de novembro, com 101 escolas associadas ao sindicato em todo o Estado.
Apesar do reajuste, 38,8% das instituições estimam ampliar em até 5% o número de estudantes, enquanto que 36,7% acreditam que deverão manter a mesma quantidade de alunos ou ter queda de até 5%. O presidente do SINEPE/RS, Bruno Eizerik, diz que a procura pelo ensino privado vem crescendo nos últimos anos no Estado.
“Efetivamente a previsão não é de grande aumento, mas acreditamos que ocorra sim o aumento do número de alunos. Já houve uma maior procura nos últimos anos no nosso Estado. Nesse sentido, as escolas estão otimistas e esperamos que, para 2017, tenhamos um ano melhor do que foi em 2016″, afirma.
O presidente do SINEPE/RS salienta ainda que as mensalidades escolares são fixadas por cada instituição, seguindo a sua planilha de custos, investimentos previstos, e avaliação da comunidade em que está inserida. Ele ressalta que o sindicato não tem ingerência sobre esta decisão. Na pesquisa, as direções das escolas apontaram que o pagamento da folha de servidores é o custo que mais impacta no orçamento. Em média, representa dois terços dos gastos totais. O segundo maior custo indicado é a infraestrutura e, em terceiro, investimentos em tecnologia.
Eizerik afirma que, mesmo com dificuldades econômicas, a população está priorizando custos com a educação. “Educação é um dos últimos investimentos que a família vai deixar de fazer. Ela continua investindo naquilo que tem convicção que vai dar retorno, que é o futuro dos seus filhos. Existem pesquisas que demonstram que, quanto maior o grau de escolaridade, maior vai ser o salário. A gente não gasta em educação, a gente investe na educação”, completa.