Comércio varejista deve contratar temporários no final do ano no RS
Pesquisa da Fecomércio aponta que área de vendas está no topo das atividades com maior número de vagas. Integrantes do setor e especialistas apontam para grande chance de efetivação
A expectativa é positiva com a chegada do período de festas e um cenário que demonstra avanço no combate à pandemia o que deve aquecer o mercado de trabalho temporário no comércio do Rio Grande do Sul.
Com isso a contratação de trabalhadores temporários está nos planos de 55,24% das empresas do comércio varejista gaúcho, segundo pesquisa da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS). Esse montante mostra avanço em relação ao ano passado, quando 33,36% apresentaram essa intenção.
O levantamento mostra ainda que a admissão nesse modelo deve representar incremento de 35,1% na força de trabalho dos estabelecimentos. Integrantes do setor e especialistas também apontam para a grande chance de efetivação de parte desses trabalhadores.
A pesquisa leva em conta segmentos do comércio varejista que tradicionalmente apresentam demanda maior no final do ano, como os de vestuário, supermercados e eletrodomésticos. Foram abordados 697 estabelecimentos, de 16 de agosto a 23 de setembro, para chegar a uma amostra de 385 empresas em cada macrorregião do Estado: Santa Maria, Porto Alegre, Caxias do Sul, Ijuí e Pelotas. Até a data do levantamento, 56,4% dos lojistas que pretendem acionar temporários ainda não haviam começado as contratações.
A economista-chefe da Fecomércio-RS, Patrícia Palermo, afirma que, no ano passado, ainda existia incerteza em relação ao controle da pandemia. Ao longo de 2022, a melhora do quadro sanitário criou cenário mais favorável para as festas de final de ano. Isso é um dos fatores que aumentam o otimismo dos lojistas, segundo a especialista:
“O que a gente vê aqui é que, com a pandemia controlada, o comércio, que tem sua demanda aumentada tradicionalmente no final de ano, vê um grande potencial de vendas diante da possibilidade das pessoas se reencontrarem, se reunirem e se presentearem”, disse.
Além desse fator, a retomada do emprego e alguns incentivos fiscais, que aumentaram a renda das famílias, também ajudam a projetar avanço na demanda por produtos nessa época do ano. Patrícia lembra que esse ambiente poderia ser melhor sem a pressão de inflação e juros altos:
“A gente ainda tem a inflação corroendo o poder de compra das pessoas, o que reduz o potencial de crescimento que teríamos em um cenário sem essa alta de preços. Se os juros também não estivessem tão altos, teríamos um resultado melhor. Mas, sem dúvidas, a gente chega num final de ano em condições melhores do que a gente tinha há um ano”, completou.
A pesquisa da Fecomércio aponta que as áreas de vendas, de serviços gerais e de caixa/crediário estão no topo das atividades com maior número de vagas que devem ser disponibilizadas pelas empresas.
Fonte: GZH
