CEEE faz plano de ajustamento e prevê demissões
Para o Sindicato dos Engenheiros, as demissões podem colocar em risco o equilíbrio das companhias do Grupo CEEE e a segurança do sistema elétrico no Estado.
Temendo o desligamento de servidores públicos na Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), o Sindicato dos Engenheiros do Rio Grande do Sul enviou uma carta ao Ministério Público de Contas e Tribunal de Contas do Estado.
A intenção é alertar para que os órgãos acompanhem de perto a questão. A CEEE admite que está executando um “plano de ajustamento”. A estatal confirma que se reuniu com sindicatos neste mês para tratar do desligamento de 160 funcionários.
Para o Sindicato dos Engenheiros, as demissões podem colocar em risco o equilíbrio das companhias do Grupo CEEE e a segurança do sistema elétrico no Estado. Além disso, o presidente do Senge, Alexandre Wollmann, afirma que o desligamento de funcionários pode gerar um passivo pra a estatal. “Porque essa serenidade da gestão em demitir, demitir não é a solução da lavoura, nós temos que fazer um processo de demissão que não gere passivas para a companhia. As pessoas demitidas por um processo sumário vão entrar na Justiça e vão gerar para a companhia em torno de R$ 300 milhões de dívida”.
O Sindicato dos Engenheiros do Estado estima as demissões entre 100 e 300 funcionários. A entidade destaca ainda as privatizações na CEEE durante a década de 90, que, segundo o Senge, contribuíram para o desequilíbrio histórico das contas da empresa.
A Companhia Estadual de Energia Elétrica afirma que os funcionários que podem ser desligados já completaram o tempo de contribuição junto ao INSS. A economia prevista pela empresa é de R$ 4 milhões de reais.
Em dezembro do ano passado, a CEEE teve a concessão renovada para a distribuição de energia elétrica por mais 30 anos. Conforme o documento do Ministério de Minas e Energia, a empresa terá cinco anos para atingir os níveis de eficiência operacional e financeira.