Corpo de idoso visto morto em agência bancária é sepultado após quatro dias do óbito
Caso ganhou repercussão após vídeos feitos por funcionários da agência mostrarem o momento em que Érika de Souza Vieira Nunes tenta liberar um empréstimo de R$ 17 mil com o idoso já morto

O corpo de Paulo Roberto Braga (Tio Paulo), de 68 anos, foi sepultado na tarde deste sábado (20), no Rio de Janeiro. O idoso foi levado por Érika de Souza Vieira Nunes até uma agência bancária na terça-feira (16) com objetivo de sacar empréstimo de R$ 17 mil. Há uma investigação para apurar se o idoso chegou morto ou morreu no local.
O caso ganhou destaque após vídeos feitos por funcionários da agência mostrarem o momento em que a sobrinha e cuidadora do idoso, Érika, de 42 anos, tenta liberar um empréstimo de R$ 17 mil com o idoso já morto, em uma cadeira de rodas. Érika está presa por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver.
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Segundo informações do G1, a família conseguiu o sepultamento gratuito, um benefício da Prefeitura do Rio de Janeiro para quem alega não ter condições de arcar com os custos. A cerimônia foi no Cemitério de Campo Grande, na zona oeste da capital fluminense.
Investigação
A Polícia Civil afirma que Paulo Roberto já estava morto quando chegou ao banco, contradizendo a alegação da defesa de Érika, de que ele teria chegado vivo.
O relatório do Instituto-Médico Legal (IML) indica que Paulo faleceu entre 11h30 e 14h30, tornando difícil determinar se foi antes ou depois de chegar ao guichê. A causa do óbito foi por broncoaspiração de conteúdo estomacal e falência cardíaca.
O médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que prestou socorro a Paulo no banco observou a presença de livores cadavéricos na parte posterior da cabeça do idoso, os quais geralmente surgem cerca de duas horas após o falecimento. De acordo com a Polícia Civil, a presença desses livores no corpo indica que ele provavelmente morreu deitado.
O caso segue em investigação.