Tabaco: Afubra quer a mesma área para manter preço
Entidade orienta a não aumentar as lavouras para que o valor da produção se mantenha satisfatório
Com pouco mais de 75% do tabaco produzido na safra 2015/2016 vendido, agricultores do Vale do Rio Pardo já começaram a preparação dos canteiros para o plantio de 2016/2017. Como o preço pago ao produtor foi satisfatório nesse ano, a tendência apontada pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) é de um aumento na área plantada. Contudo, a orientação da entidade é que, no máximo, se mantenha a mesma quantidade da safra anterior, para o produto final continuar valorizado.
O casal de agricultores Madelaine e Alfonso Lehmen, moradores de Vila Arlindo, a 12 quilômetros do Centro de Venâncio Aires, vai acatar a indicação da Afubra e reduzir de 23 mil para 20 mil pés de fumo a plantação. A justificativa deles é a alta no custo de produção – com aumento de 18% no preço dos insumos e da lenha – e a falta de mão de obra, já que os dois cultivam a lavoura sozinhos até o momento da colheita.
Agora, Lehmen está terminando o serviço de classificação e ainda não vendeu nada do volume produzido na safra 2015/2016, na esperança de melhorar ainda mais o preço do tabaco. No entanto, o medo de problemas climáticos, principalmente no verão, está fazendo com que o casal já esteja preparando os canteiros para o plantio da safra 2016/2017. “A gente quer evitar que a planta sofra, para não desvalorizar”, explicou.