Setor fumageiro entrega documento ao ministro pedindo atenção à COP 6
Documento pede prudência em relação aos artigos 17 e 18 do contrato
Em passagem pela casa da Farsul na Expointer, o ministro da agricultura, Neri Geller, recebeu uma carta do setor fumageiro solicitando atenção à Conferência das Partes (COP 6), que acontece em outubro, em Moscou. O documento, assinado pelo presidente do Sistema Farsul, Carlos Sperotto, pede prudência em relação aos artigos 17 e 18 do contrato – os quais dizem respeito a diversificação nas propriedades e meio ambiente – já existente entre os países integrantes da conferência.
“Esse documento é fruto de diversas reuniões do setor. O ministro se mostrou bastante interessado no apoio ao setor, mas disse que é necessário ter cautela”, afirmou Mauro Flores, presidente da Comissão de Fumo da Farsul. A expectativa principal é de que sejam feitas alterações no texto inicial.
Sobre o artigo 17, que trata da diversificação dos produtores para reduzir a produção de tabaco, no que se refere ao que diz o texto, o setor fumageiro não apresenta muitas divergências. O que é reivindicado é a participação de entidades como Farsul, Afubra e Fetag nas discussões acerca do tema. De acordo com um estudo da Afubra, em 309 mil hectares cultivados com tabaco, o produtor consegue uma receita bruta de R$ 5,4 bilhões.
Para conseguir a mesma receita com cultivo de soja, seriam necessário 1,418 milhão de hectares. A respeito do artigo 18, cujo o texto é sobre “meio ambiente”, Benício Albano Werner, o presidente da Afubra, destaca que o Brasil é exemplo mundial desde a década de 1970, quando tomou providências nas propriedades como, por exemplo, a constituição de florestas energéticas para preservar matas nativas. “A preocupação é que não façam alterações ou introduzam itens nos artigos que venham a prejudicar a atividade do produtor”, disse Werner.