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RS deve ter a menor safra de fumo dos últimos quatro anos

Excesso de chuva em outubro e escassez em novembro e dezembro tendem a reduzir colheita no Estado em, pelo menos, 16%


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 03/01/2020
 Tempo de leitura estimado: 00:00

A chuva teve papel decisivo para definir a safra 2019/2020 de tabaco no Rio Grande do Sul. No Vale do Rio Pardo e no Sul, as duas principais regiões produtoras de fumo, o excesso de precipitação pluvial em outubro e a falta dela entre novembro e dezembro afetaram o desempenho das lavouras. Com mais de 60% da colheita já concluída, o Estado deve obter 269,7 mil toneladas, conforme a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra). Isso representa queda de 16% frente ao período anterior e equivale a cerca de 50 mil toneladas a menos do produto.

Por causa do clima desfavorável, a safra deverá ser a menor desde 2015/2016, segundo a Afubra. O mau tempo ainda afetou a área plantada, que diminuiu de 145,2 mil para 126,9 mil hectares nesta temporada. Ainda assim, o Rio Grande do Sul manterá o posto de maior produtor de tabaco do Brasil, respondendo por 40% da produção do país.

No Vale do Rio Pardo, região que costuma realizar o plantio mais cedo, o longo período de chuva verificado em outubro veio pouco tempo após a aplicação de adubo nas lavouras. Como o fertilizante não agiu por tempo suficiente no solo, o desenvolvimento das plantas foi afetado. Além disso, algumas propriedades que começavam a colher as primeiras folhas na época sofreram com a incidência de granizo e tiveram parte da produção dizimada.

Com a safra afetada pelas condições climáticas adversas, o produtor Joel Rodrigues dos Santos, de Rio Pardo, calcula que terá safra 25% menor.

– Sofremos bastante neste ano com chuva, ventania e granizo. Como era muita umidade, trazíamos o fumo para o galpão (de secagem) e ele já escurecia e derretia. Aí não tem como comercializar, acaba indo fora – conta.

No final da colheita, o produtor também sofreu com a falta de chuva e o excesso de calor, que queimou parte das folhas. Santos classifica a safra como a pior dos últimos anos e teme ter prejuízo após a remuneração da atividade, já que o fumo é a principal fonte de sustento de sua família. A definição do preço pago aos agricultores pela matéria-prima deve ocorrer na segunda quinzena de janeiro, após reunião entre representantes da indústria fumageira e dos produtores.

Lauro Alves / Agência RBS

Depois de chuva e granizo, Santos teve de enfrentar o excesso de calor no final da colheita. Foto: Lauro Alves / Agência RBS

 

Situação de emergência em Camaquã

Na manhã desta sexta-feira (03), o prefeito municipal em exercício, Jair Martins, declarou situação de emergência nas áreas do município de Camaquã. A região foi afetada pela estiagem e optou pela assinatura do Decreto nº 22.950, de 02 de janeiro de 2020.

A decisão veio após diversas reuniões de entidades que compõem a comissão provisória de análise da Defesa Civil de Camaquã, composta pelas Secretarias Municipais da Agricultura e Abastecimento, Meio Ambiente e Desenvolvimento Social, Bombeiros, Cintraf, EMATER, Instituto Rio Grandense do Arroz, Associação dos Usuários do Perímetro de Irrigação do Arroio Duro e Associação dos Fumicultores do Brasil, onde apresentaram laudos técnicos sobre os cultivos atingidos pela estiagem na região.

Clique aqui e leia mais.

Foto: Lula Helfer

Região de Camaquã tem três das dez principais produtoras de tabaco no Estado. Foto: Lula Helfer

Estimativa da safra tende a ser revista

Se as precipitações vieram em demasia em outubro, a partir do mês seguinte a escassez passou a ser um problema para as lavouras. A falta de chuva de meados de novembro ao final de dezembro impactou uma série de propriedades. No Vale do Rio Pardo, a estiagem pegou pequena parte da colheita. Já na Região Sul, caracterizada pelo plantio mais tardio, a estiagem afetou o desenvolvimento das folhas, assinala o presidente da Afubra, Benício Werner.

– Essa estiagem veio em um momento definidor para a produtividade da safra. Muito sol estressa a planta e a queima, gerando perda de qualidade do tabaco – explica o dirigente.

O cenário pode fazer com que a colheita seja ainda menor em relação à projeção inicial da Afubra, de retração de 16%. Segundo o presidente da entidade, a quebra poderá chegar a até 25% no Estado em comparação com a safra 2018/2019.

A indústria observa a situação com cautela. O presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke, estima que é cedo para se falar em perda de qualidade da matéria-prima, já que a colheita se estende até fevereiro no Estado. Mas admite que a menor oferta pode ser sentida pelas fumageiras.

– Naturalmente, a escassez de chuva deve afetar algo na linha de produção na indústria. Mas estamos falando de algumas áreas do Rio Grande do Sul com problemas. A situação em outros Estados é melhor – avalia.

Nesse contexto, Schünke constata que, apesar da retração no Rio Grande do Sul, a safra brasileira transcorre bem. O dirigente reforça que outros Estados produtores, como Santa Catarina e Paraná, não tiveram problemas climáticos e devem abastecer normalmente a indústria.

 

Instabilidade frustra fumicultores no Sul

Na região que responde por parte cada vez mais expressiva do tabaco gaúcho nos últimos anos, o sentimento dos fumicultores é de frustração. Em Canguçu, no Sul, maior produtor de fumo do Brasil, o período sem chuva entre novembro e o fim de dezembro prejudicou o cultivo. Como o plantio na região é concentrado no último trimestre, muitos agricultores conseguiram escapar ou, pelo menos, atenuar os efeitos do período de chuva em outubro. No entanto, justo no momento em que a safra costuma avançar, eles depararam com os efeitos da estiagem nas lavouras.

Com oito hectares de fumo, Adilson Pening estima que obterá menos de 18 toneladas nesta temporada, contra 21 toneladas do ciclo anterior – redução de 14%. Pening escalonou o plantio entre os meses de setembro e novembro. A primeira leva de tabaco, ainda que pequena, foi impactada pela chuvarada de outubro. Para amenizar os estragos, ele reforçou a adubação da lavoura, aumentando o custo de produção.

O estrago só não deve ser maior porque a chuva ocorrida no fim de 2019 deu trégua aos problemas. A situação acontece logo após a família Pening investir R$ 155 mil na instalação de usina de geração de energia solar. A ideia é utilizar a fonte sustentável e renovável para gerar a própria luz na propriedade e reduzir a conta mensal, que costuma ser salgada durante a safra por causa do uso das estufas de secagem.  

– Nossa renda vem toda do cultivo de fumo. Essa situação influi na hora de pagar o financiamento. Não é fácil quando dá uma zebra como essa –lamenta Pening.

Em Canguçu, alguns produtores decidiram instalar sistemas de irrigação para driblar eventuais períodos de estiagem. É o caso de Joelmir Lemke, que tem metade dos seus oito hectares irrigada desde a safra passada. Lemke relata que deve colher duas safras distintas. Na parte irrigada, espera retirar até 13 toneladas, volume semelhante ao colhido no ano anterior. Já no local que ficou sem água, deve obter seis toneladas.

– Fazia muitos anos que não via um fumo tão feio como o dessa safra. Foi muita chuva em outubro, a água levou todo o adubo para fora da lavoura.

Do jeito que está, pretendemos ampliar a irrigação para o restante da área nas próximas safras – projeta.

 

China ajuda a puxar vendas externas

Se 2019 terminou com problemas nas lavouras de tabaco do Rio Grande do Sul, no âmbito das exportações o saldo foi positivo. Entre janeiro e novembro, segundo a última parcial divulgada pelo Ministério da Economia, as vendas internacionais do produto atingiram 421 mil toneladas e geraram US$ 1,67 bilhão em receita. Em valor e em volume, o resultado é o melhor dos últimos cinco anos, mesmo que o balanço de 2019 ainda não tenha sido fechado. Atualmente, o Estado responde por 82% dos negócios externos do Brasil na área.  

O presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, enfatiza que o ano de recordes foi puxado por situação pontual envolvendo a China, um dos principais mercados consumidores.

– No final de 2018, a China deixou comprada parte do tabaco para ser embarcada no início de 2019, algo que não é normal e que acabou pesando para o crescimento das exportações. Geralmente, eles compram e levam no mesmo ano – constata.

Mesmo com a possibilidade de redução na safra gaúcha, Schünke acredita que haverá matéria-prima suficiente para atender à demanda internacional em 2020. O dirigente ainda avalia que o dólar mais atrativo para os exportadores, que superou a barreira dos R$ 4 em 2019, pode tornar o produto brasileiro mais competitivo no cenário externo.

Puxado pela produção do Rio Grande do Sul, o Brasil é o segundo maior produtor e o maior exportador de tabaco do mundo. O principal destino do fumo é a União Europeia, que representa em torno de 40% da vendas. Em seguida, aparecem China e Estados Unidos na relação de maiores compradores.

 

Alerta contra o roubo de cargas

escalada no número de roubos de cargas de tabaco cru em 2019 acendeu o alerta nas empresas do setor fumageiro. No ano passado, o Rio Grande do Sul teve 13 ocorrências do tipo. O índice supera o volume contabilizado na soma dos dois anos anteriores, quando foram registrados seis casos em 2018 e outros seis em 2017. Geralmente, os crimes ocorrem quando os transportadores estão a caminho das empresas, após terem recolhido o fumo nas propriedades.

Em meio a esse cenário, o SindiTabaco criou uma comissão de segurança, que é integrada por representantes do setor, da Brigada Militar e da Policia Civil na região de Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo.

O objetivo do grupo é minimizar o problema na safra atual. Para isso, Policia Civil e Brigada Militar devem atuar preventivamente nas áreas mais afetadas. Além disso, estão sendo distribuídos materiais informativos aos transportadores com dicas de como se prevenir. Entre as sugestões, estão evitar viajar à noite, não desviar da rota, não dar caronas a pessoas alheias à operação de transporte de tabaco e evitar a exposição da carga.


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