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Produtor começa a depender menos do tabaco, mostra pesquisa

Questão tem mudado em razão da diversificação nas propriedades


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 03/07/2015
 Tempo de leitura estimado: 00:00

O aumento da diversificação nas propriedade rurais mudou na última década o panorama quanto à geração de renda entre as famílias nas áreas de produção de tabaco. Levantamento desenvolvido todos os anos, em agosto, ao final da safra, pelo departamento de Pesquisa e Estatística da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) com os associados dos três estados da região Sul do País revela a participação cada vez maior na renda da produção animal e vegetal e o consequente aumento da receita total dos produtores, com a redução da dependência do fumo.

Os dados do levantamento anual da Afubra mostram que na safra de 2005/06 o tabaco contribuía com 73% da renda das propriedades dos fumicultores, a produção animal com 16% e a vegetal com 11%. No ciclo 2013/2014 a participação do tabaco na renda familiar total baixou para 53%, enquanto a produção animal aumentou para 26% e a agrícola para 21%. Já a área de cultivo de fumo oscila de acordo com a oferta e a demanda, com redução de 17,3% neste período. O percentual em volume de produção caiu 16,8%. “Isso quer dizer que tivemos um aumento de produtividade por hectare, o que representa ganho para o produtor”, explica o presidente da Afubra, Benício Werner.

O dirigente afirma que o aumento da diversificação de atividades torna as propriedades ainda mais sustentáveis e traz mais segurança ao produtor diante da redução do consumo de cigarros nos últimos anos e, em consequência, a possível queda na demanda pelo tabaco no futuro. Além disso, o aumento da renda das famílias representa melhor qualidade de vida na área rural e viabiliza investimentos em novas tecnologias.

Embora o período do comparativo do levantamento de dados coincida com a adesão do Brasil à ConvençãoQuadro para Controle do Tabaco, em 2005, o presidente da Afubra afirma que o início de mais investimentos em diversificação é anterior. Como prova, lembra da criação da Expoagro Afubra, em 2001, com o objetivo de propagar as reuniões técnicas e dias de campo já existentes e para divulgar as tecnologias à disposição do produtor rural, com o apoio de diversas entidades e empresas. Além disso, a diversificação faz parte dos objetivos da entidade desde a sua fundação, há 60 anos, constando do seu primeiro estatuto. A diminuição do consumo de cigarros, no entanto, principalmente entre 2012/13 e 2014/15, levou as entidades representativas dos produtores a divulgar ainda mais a diversificação de culturas para tornar a propriedade mais sustentável. A criação da Expoagro Afubra, há 15 anos, estimulou o interesse por novas atividades, com número grande de produtores constituindo agroindústrias, com a descoberta de um novo perfil de mercado, pois os consumidores se sentiram atraídos pelos produtos desses empreendimentos.

MAIOR PRODUTIVIDADE

O presidente da Afubra, Benício Werner, explica que no início da década de 80 a produtividade média do tabaco da variedade Virgínia era de 1.875 quilos por hectare e a estimativa da safra 2014/15 aponta 2.282 quilos por hectare, com crescimento de 21,7%. A previsão da média entre todos os tipos é de 2.257 quilos por hectare. Conforme o dirigente, ainda há campo para avançar mais, destacando que algumas fumageiras vêm alcançando números bem mais altos. Ele atribui esse crescimento à evolução no uso correto do solo, com calcário para corrigir a acidez, adubação verde e a adoção do sistema de cultivo mínimo.

RENDA MÉDIA CRESCE QUASE 25%

A renda do tabaco, na média, somada à obtida com a diversificação aumentou a receita para a propriedade rural nos últimos anos. Conforme dados da Afubra, houve um acréscimo de receita de 24,6%, comparando 2011/12 com 2013/14. No entanto, a rentabilidade para o produtor com o tabaco nas duas últimas safras foi menor do que no ciclo 2012/13. A principal causa é o maior rigor na comercialização, provocado, especialmente, por um desequilíbrio entre a oferta e a demanda, em consequência do aumento significativo da produção na África.

O número de famílias produtoras, nos últimos cinco anos, reduziu em 17,7% na área de cultivo de tabaco. Benício Werner explica que nessa diminuição, um percentual razoável migrou para os centros urbanos. Outras famílias produtoras também se estabeleceram com agroindústrias familiares. E outros optaram por atividades diferentes, como suínos, leite e aves. A área média de plantio aumentou em 0,45% nas propriedades. O novo panorama na geração de renda entre as famílias produtoras de tabaco não representou reflexos para as indústrias. Tanto que, conforme o presidente da Afubra, na última safra houve mais oferta do que demanda do produto conforme informações das próprias fumageiras.

A redução na área de cultivo segue as necessidades de produção para atender o mercado. Em consequência da orientação para o produtor diminuir o cultivo na próxima safra, o presidente da Afubra acredita no aumento do preço médio por quilo durante a comercialização. “E com a diminuição de gastos com mão de obra, insumos, lenha e energia, ele terá um resultado melhor. Provavelmente a receita bruta será menor, porém, em termos de resultado financeiro líquido, será melhor do que ocorre na atual safra, podendo inclusive aumentar a produção de culturas com as quais ele está diversificando”, explica Werner.

FAMÍLIA COLHE OS FRUTOS DA MUDANÇA

Acostumado com o cultivo de tabaco desde jovem, o agricultor Flávio Stumm, 47 anos, começou a investir em uma nova fonte de renda há sete anos. A esposa Lovane, 42 anos, trouxe a ideia sobre o plantio de moranguinhos após conhecer as técnicas durante a Expoagro Afubra, no parque em Rincão Del Rey, no município de Rio Pardo. O casal montou uma estufa de 6,5 x 24 metros com financiamento do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) na propriedade de 10,3 hectares em Linha Progresso, interior de Vera Cruz. Mas antes do início do plantio, a família participou de uma excursão da Prefeitura ao município de São Francisco de Paula para conhecer melhor o manejo da cultura.

Três anos após a construção da primeira estufa, a família instalou mais duas e hoje conta com oito na propriedade. Há dois anos o casal também começou o cultivo de tomate. A produção sai da propriedade já embalada, com a entrega diretamente na casa dos consumidores. Flávio afirma que nem sempre consegue atender toda a demanda. A família também é sócia da Cooperativa Regional de Alimentos Santa Cruz (Coopersanta) e da Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Vera Cruz (Coopervec), com o fornecimento de metade da produção para a alimentação escolar. A esposa ainda aproveita as frutas para fazer extrato, geleias e tomate seco.

A família chegou a plantar 90 mil pés de tabaco da variedade Virgínia. Há duas safras houve a redução para 75 mil pés e para o próximo ciclo está previsto o cultivo de 50 mil. O casal calcula que atualmente a cultura gera em torno de R$ 70 mil de renda por safra, enquanto a produção de morangos e tomate representa em torno de R$ 10 mil por ano. No entanto, Flávio observa que as frutas trazem renda semanal e não dão custos com mão de obra, enquanto para a colheita do tabaco há necessidade de pagar pelo menos seis ajudantes, além das despesas para a compra de lenha para as três estufas de secagem e o custo dos insumos.

Com o uso de fertirrigação por gotejamento nas estufas, o casal começou com 2,5 mil pés de morango e hoje possui 10 mil de quatro tipos, com a produção média de 400 gramas por planta. A cultura de tomates soma 2 mil pés das variedades Italianinho, Gauchão e Longa Vida. Flávio Stumm calcula que até agora investiu mais de R$ 100 mil na estrutura para a diversificação.


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