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Prejuízos causados pela estiagem superam R$7 bilhões no RS

Estiagem causou prejuízos em pelo menos dez culturas do Estado; Camaquã está entre as cidades do Estado com o maior prejuízo declarado


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 31/01/2020
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Apesar da melhora nas condições climáticas nos últimos dias, a severa estiagem e o forte calor que castigaram o Rio Grande do Sul em dezembro e em parte de janeiro deixarão um rastro de pesados prejuízos para os agricultores gaúchos e deverão ter impacto negativo sobre o Produto Interno Bruto (PIB) estadual até o segundo trimestre. A região de Camaquã foi uma das mais atingidas pela estiagem, tendo todos os municípios com excessão de Arambaré tendo declarado situação de emergência.

Representantes de entidades do setor estimam frustrações entre 10% e 40% nas expectativas para as safras de soja, milho, fumo e uva e para a produção de leite neste mês, o que representa perdas de R$ 4,4 bilhões a R$ 7,5 bilhões no campo considerando os volumes que deixarão de ser colhidos e os preços médios dos produtos no Estado.

“O impacto foi severíssimo para muitos produtores”, diz o secretário-adjunto da Agricultura do Estado, Luiz Fernando Rodriguez. Ele explica que não tem como fazer projeções mais precisas sobre o estrago, mas diz que não pretende ser “alarmista” e fala em uma queda “abaixo de dois dígitos” para toda a produção agrícola de verão.

Mesmo assim, reconhece que as lavouras de milho foram “tremendamente atingidas” e que houve queda de produtividade importante na produção leiteira, mas ele espera que a soja ainda recupere parte da produção perdida. Além disso, até a última quarta-feira 81 municípios gaúchos já haviam decretado situação de emergência.

Leia também: Colheita do arroz é iniciada com grande expectativa no Rio Grande do Sul

 Conforme o secretário-adjunto, ainda é difícil fazer uma previsão mais aproximada dos efeitos da estiagem porque a intensidade do fenômeno variou muito de região para região, com maior déficit hídrico no centro, sul e leste e menor no oeste e norte. Segundo ele, para atenuar o problema dos agricultores o governo estadual vai antecipar de maio para março a liberação de recursos para compra subsidiada de sementes de pastagens de inverno e, em fevereiro, vai lançar um programa de financiamento para dobrar nos próximos anos a área de milho irrigado, que corresponde atualmente por apenas 17% das lavouras do grão.

Para o pesquisador do Departamento de Economia e Estatística (DEE) da Secretaria de Planejamento do Estado, Rodrigo Feix, os problemas no setor deverão prejudicar o PIB estadual até o segundo trimestre porque a colheita de soja vai até abril. De acordo com ele, a agropecuária responde por 9% a 10% do Valor Adicionado Bruto (VAB) que compõe o produto gaúcho, mas a participação chega a um terço quando se leva em conta os setores vinculados como máquinas, equipamentos, alimentos e transportes.

Por isso, se os prejuízos se confirmarem, eles devem fazer com que o desempenho geral da economia local fique abaixo da nacional na primeira metade do ano, já que a região Sul foi a mais atingida pela escassez de chuva, explica ele.

Conforme o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (Fecoagro-RS), Paulo Pires, um levantamento feito pela entidade na primeira semana de janeiro indicou uma quebra de 33% na produção de milho em comparação com a estimativa inicial da Emater-RS, vinculada à Secretaria da Agricultura, que era de 5,9 milhões de toneladas. Para ele, o índice final deve ficar entre 30% e 35%, o que significaria uma colheita entre 3,8 milhões e 4,1 milhões de toneladas até o fim do ciclo, em março, inferior também às quase 5,8 milhões de toneladas colhidas na safra passada, conforme a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab).

Na soja, Pires entende que o número final pode oscilar entre 10% e 13% a menos do que a projeção inicial da Emater-RS, de 19,7 milhões de toneladas. “As perdas não são lineares e variam de 5% a 60% dependendo da região”, explica o pesquisador. Se a previsão da Fecoagro-RS se confirmar, a safra da oleaginosa ficaria entre 17,1 milhões e 17,7 milhões de toneladas, igualmente abaixo das 19,2 milhões de toneladas produzidas em 2018/19, de acordo com a Conab.

Para o vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Elmar Konrad, o prejuízo na safra de milho deve ficar entre 30% e 40%, enquanto a soja deve perder cerca de 20%, com ampla variação entre as distintas regiões.

“A deficiência hídrica foi muito diferente até entre áreas do mesmo município”, explica Konrad. E, antes da estiagem, a oleaginosa sofreu com o excesso de chuva em outubro, o que provocou o aparecimento de fungos e a morte de plantas e exigiu o replantio de algumas lavouras, acrescenta o dirigente. O Rio Grande do Sul é o terceiro principal Estado produtor de soja do país e o quinto de milho.

Considerando os preços médios da penúltima semana de janeiro e as estimativas de frustração na produção feitas pelo presidente da Fecoagro-RS e pelo vicepresidente da Farsul, os agricultores gaúchos deixariam de embolsar entre R$ 2,6 bilhões e R$ 5,2 bilhões somente com a soja. Com o milho, o faturamento perdido com a seca oscilaria entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,6 bilhão.

A produção gaúcha de fumo também deverá diminuir 13% em relação à projeção inicial, para 233,9 mil toneladas, prevê o presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Werner. O Estado é o maior produtor de tabaco do país, à frente de Santa Catarina e do Paraná, e das 35,8 mil toneladas que deverão ser colhidas a menos até o fim de fevereiro, 92% são da variedade Virgínia, que rende em média R$ 9,06 por quilo ao fumicultor, afirma o dirigente da associação. O restante refere-se à variedade Burley, com preço médio de R$ 8,17. A perda acumulada, portanto, seria de pouco mais de R$ 320 milhões.

Já os parreirais do Estado deverão produzir 20% a 30% menos de uvas comuns e viníferas em comparação com uma safra “normal” de 650 mil toneladas, calcula o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha, Olir Schiavenin, integrante do Comitê Interestadual da Uva, que reúne representantes das regiões vitícolas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

Com isso, a quebra na colheita que vai até março pode oscilar entre 130 mil e 195 mil toneladas, o que representaria R$ 169 milhões a R$ 253,5 milhões a menos em renda para os produtores de uva.

No caso da produção leiteira, a queda poderá chegar a 20% em janeiro em função do estresse dos animais provocado pelo forte calor, da redução da oferta de pastagem e da baixa qualidade da silagem de milho, também comprometida pela estiagem, explica o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva. Segundo ele, em alguns municípios, a quebra deve chegar a 40% e como o Estado produz em média 12 milhões de litros por dia, a perda total chegaria a 72 milhões de litros no mês se a projeção da entidade se confirmar, com um prejuízo de pouco mais de R$ 90 milhões para os produtores somente em janeiro. O Rio Grande do Sul é o segundo maior Estado produtor de leite.


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