Ministro promete apoiar demandas do setor produtivo do tabaco
A contrariedade do setor em relação às novas exigências do governo federal para que os fumicultores acessem recursos do Pronaf e também quanto ao posicionamento brasileiro na COP 7 foi debatida em audiência em Brasília
As demandas da cadeia produtiva do tabaco encontram eco no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A contrariedade do setor em relação às novas exigências do governo federal para que os fumicultores acessem recursos do Pronaf e também quanto ao posicionamento brasileiro na COP 7 foi debatida em audiência na tarde do dia 22, em Brasília. No encontro com representantes de várias entidades, o ministro Blairo Maggi se comprometeu a colaborar.
Um dos objetivos da reunião era cobrar a derrubada da Resolução 4.483 do Banco Central, editada em maio deste ano. A partir de 1º de julho, a medida obriga os produtores a aumentar de 20% para 30% a comprovação de renda com outras culturas agrícolas, que não o tabaco, para terem acesso ao financiamento. O novo teto prevê que o percentual suba para 40% na safra 2017/2018 e 50% em 2018/2019.
Também se falou sobre o posicionamento do governo brasileiro para a 7ª Conferência das Partes (COP 7) da Convenção- Quadro de Controle do Tabaco, prevista para novembro, na Índia. “A agricultura é o motor da economia do País e, por essa razão, tem um papel crucial na retomada do crescimento. O setor que está produzindo e gera riquezas precisa ser defendido”, frisou Blairo Maggi.
O prefeito de Venâncio Aires e presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco, Airton Artus (PDT), diz que o grupo espera integrar a delegação oficial que debaterá a posição brasileira na COP 7. Ao final da reunião, ele se disse satisfeito com o posicionamento de Maggi, claramente de apoio ao setor. “Acho que não vamos nos enganar. O ministro se mostrou prático e resolutivo no encaminhamento das nossas demandas.”
Para o presidente do Sinditabaco, Iro Schünke, o diálogo já é um grande avanço. “Creio que avançaremos nas discussões. Continuaremos acompanhamento atentamente para evitar qualquer medida que prejudique a cadeia produtiva”, disse o executivo, que aproveitou a oportunidade para entregar o relatório institucional da entidade.
Quem participou: O encontro de ontem foi intermediado pela senadora gaúcha Ana Amélia Lemos (PP) e pelo deputado federal Luiz Carlos Heinze (PP). Além da Câmara Setorial, compareceram representantes da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), da Associação dos Municípios Produtores de Tabaco (Amprotabaco), do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco), da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS), da Associação Brasileira da Indústria do Fumo (Abifumo) e parlamentares que apoiam o setor produtivo.