Fumicultor rebate reportagem da Folha: “Não precisa desmerecer nosso trabalho”
Reportagem da Folha da São Paulo relaciona fumicultores a depressão; segundo Giovane Weber, fala de agricultor foi distorcida
“Não precisa gostar da nossa profissão, mas não precisa desmerecer o nosso trabalho”, Giovane Weber, fumicultor e comentarista do Programa Campo em Dia iniciou a sua participação pedindo respeito e empatia para com todos aqueles que trabalham com o fumo.
Giovane falou durante a sua participação nesta quarta-feira (10) sobre o que associou o trabalho no fumo a uma vida depressiva. O comentarista relatou que o referido jornal era o Folha de São Paulo, onde estiveram em uma propriedade em Venâncio Aires, realizando uma entrevista e “distorceram as palavras do agricultor”.
“Eles visitaram uma propriedade rural e o agricultor na sua simplicidade, humildade, na sua honestidade, recebeu eles, (…) falaram que queriam entender sobre o plantio antecipado (…) queriam entender um pouco da cultura (…), ele não se expressou em nenhum momento negativamente [fumicultor], mas ele foi relatando o seu dia a dia, eles [jornal] foram questionando sobre muitos assuntos, inclusive depressão”, relatou o comentarista e digital influencer.
O influencer relatou que após realizarem a entrevista, o jornal divulgou uma matéria onde a manchete e o conteúdo publicado era totalmente voltado ao suicídio.
“Pegaram uma foto do agricultor (…) induziram ele a sentar lá no meio da lavoura, tiraram aquela foto, e aquela foto lá estampada, e com o título ‘país vive segunda pandemia de doença….’ induzindo que nós na fumicultura somos pessoas depressivas e suicidas, isso não condiz”, completou Giovane.
Giovane informou que esteve na propriedade e conversou com os agricultores e os mesmos ficaram sem reação ao ler a matéria publicada. O proprietário relatou ao influencer que tudo o que ele havia comentado de forma positiva do tabaco não foi divulgado pelo jornal.
“Na propriedade tem uma piscina, poucos tem um conforto que eles tem (…) 29 anos que eles tem a propriedade, tudo o que eles tem veio do tabaco, por isso é importante pessoal, mídias da região como o Clic Camaquã, e outros, que atuam na fumicultura não vão fazer isso, sempre recebe de porteira aberta, agora, mídias de fora, que não lidam na fumicultura, pensem duas vezes, cuidem, porquê eles podem expor isso num lado negativo”, completou.
“A fumicultura tem seus problemas, como qualquer outra profissão (…) a gente precisa procurar entender o trabalho (…) se a pessoa tem depressão é uma doença que tem no mundo inteiro, ela não vem por causa da cultura (…) então tem que procurar ajuda, mas não pode associar isso ao nosso trabalho”, concluiu.
Tabaco na Região
Questionado sobre como anda a venda do tabaco na região, o comentarista relatou que agora estão esperando a Afubra terminar de contabilizar os dados finais, “acredito que mais nenhuma empresa esteja comprando”. Ele falou que tem visto no Sul, alguns atravessadores comprando, pois tem fumo sendo colhido e proprietários vendendo fumo da safra passada.
Em relação aos preços do tabaco e comercialização, o fumicultor disse que caiu a compra do mesmo e valores, porém ele relatou: “se a gente pegar os dados do B1 está muito acima, e a gente agora fica na expectativa para próxima”.
Assista a entrevista completa:
