Farsul projeta continuidade da recuperação do agronegócio
A previsão para 2018 é boa, mas a previsão é de índices menores que os de 2017
Positivo para a economia e de dificuldades para os produtores. Este é o balanço de 2017 da Farsul. A entidade convidou jornalistas em mais uma retrospectiva e já projetando o ano de 2018.
Segundo a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul a expansão da safra de grãos no estado marca uma recuperação do setor depois de um 2016 prejudicado pela presença de um forte El Nino. A produtividade elevada devido ao clima, somada a expansão da área cultivada permitiram um aumento histórico da produção de grãos.
Para o vice presidente da Farsul, Gedeão Pereira, apesar da alta produtividade, houve uma forte queda nos preços que atingiu os agricultores. “Foi um ano de safra cheia e bolso vazio, porque a maioria dos preços não compensou o aumento da safra. A queda dos preços em 25% refletiu muito mais no bolso do produtor do que a possibilidade de melhores produtores para o produtor rural”, afirma.
O vice presidente ainda comenta que o agronegócio está fazendo a sua parte e apontou erros do estado brasileiro e que estão prejudicando o desenvolvimento do setor. “Temos deficiências enormes em infraestrutura, o que consequentemente torna a logística mais cara”, diz Pereira.
Segundo a entidade, a projeção para 2018 é safra menor em razão da diminuição da área plantada e queda na produtividade. No entanto, expectativa é que se mantenha a produção elevada diante dos patamares históricos. O vice presidente da Farsul ainda criticou o radicalismo de parte da sociedade que não veem a agricultura como salvação da economia.