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Direto da Índia: brasileiros são barrados nas reuniões da COP

Brasil dispõe da maior delegação na COP 7 em número de integrantes


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 09/11/2016
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Desconforto. Essa é a palavra que sintetiza a manifestação do embaixador brasileiro na Índia, Tovar da Silva Nunes, acerca do impedimento do acesso da comitiva brasileira – e de representações de outros países – ao ambiente de circulação de público no Expo Center em Greater Noida, na região metropolitana de Nova Délhi, onde ocorre a COP 7. Ao final dos trabalhos da agenda de ontem, em entrevista às 19 horas (horário local), Tovar evidenciou que a restrição ao acesso das lideranças de entidades e dos deputados que vieram do Brasil para acompanhar as discussões na Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco repercutiu – e certamente mal – no âmbito do governo.

“Estou muito incomodado com uma questão: o fato de terem sido fechados (para autoridades) o perímetro e o prédio do Expo Center, onde ocorre o evento, que é público”, afirmou. “Tenho conversado com outras delegações, que também estão incomodadas. Entende-se que se restrinja o acesso às reuniões em si, mas não ao prédio e aos organizadores. ” Reconheceu que a discussão sobre o tema foi retomada e admitiu que talvez pudesse haver reversão, tendo em vista que a COP 7 se estende até sábado.

A proposta de vedar o acesso a comitivas de autoridades e lideranças de vários países, levantada na plenária da tarde de segunda-feira pela delegação da Tailândia e aprovada sem oposição de nenhuma delegação, atingiu diretamente o grupo que se deslocou do Brasil até a Índia. Além das representações das áreas de produção de fumo e da indústria, estão na Ásia dirigentes da Associação dos Municípios Produtores de Tabaco (Amprotabaco) e um grupo de cinco deputados estaduais gaúchos: Adolfo Brito, Edson Brum, Marcelo Moraes, Zé Nunes e Pedro Pereira.

Tovar esclareceu que a delegação brasileira não teria sido conivente, por assim dizer, com a proposta em plenária, mas sim que o tema teria obtido aprovação sem a devida discussão. “Temos conversado com outras delegações que pensam como nós e avaliado que não é aceitável que você tenha uma reunião dessa importância fechada”, frisou. “As reuniões dos comitês são fechadas, pois essa é a regra. Mas a dificuldade que me foi criada, a mim e ao meu subchefe da delegação, Carlos Cuenca, é a de nem poder falar com todo mundo.”

Mesmo que a decisão de restringir o acesso de prefeitos e deputados não venha a ser revertida ainda nesta COP, é provável que sinalize ou surta efeito para uma mudança de postura da Convenção-Quadro em edições futuras ou mesmo em outras instâncias. Uma vez que o Brasil dispõe da maior delegação na COP 7 em número de integrantes, ainda assim os assuntos acabam sendo discutidos em paridade de voz nos grupos do protocolo.

A restrição de acesso de membros da comitiva da cadeia produtiva no Brasil ao ambiente da COP 7 para conversar com a delegação oficial exigiu, por exemplo, a busca de uma alternativa à embaixada brasileira. Após receber das mãos de representantes do setor um documento com sugestões para alguns pontos que serão discutidos no evento, e de ter se proposto a voltar a conversar com o grupo hoje, ao final do dia, Tovar já não poderá receber a comitiva no próprio Expo Center, pois o acesso é vedado. Ficou agendada uma reunião dos brasileiros com ele na sede da embaixada do Brasil, na região central de Nova Délhi, no fim da manhã desta quarta-feira, quando então poderá dar retorno formal sobre o documento que lhe foi entregue.

Sinais da fumaça

Do lado de fora do Expo Center, onipresente sobre a paisagem urbana da região metropolitana de Nova Délhi, seguia a camada de poluição com que os visitantes se deparam desde a chegada, no fim de semana. A neblina formada por gases tóxicos permanece impassível diante do olhar de todas as delegações que se deslocaram para a Índia a fim de discutir restrições ao consumo de cigarros. Ao longo da terça-feira, por vezes o sol tentava furar a fumaça, sempre de forma muito tímida, e o dia foi abafado. 

A população indiana segue sua rotina, exposta aos riscos de saúde representados por tanta poluição, e meio que ignora as recomendações do governo de evitar se expor em público longamente. As aulas foram suspensas por esses dias, e empresas liberaram funcionários para que não precisassem se deslocar ou estar submetidos a essa ameaça ambiental.

Clima esquenta no segundo dia do evento

O segundo dia dos trabalhos na COP 7, em Nova Délhi, teve ontem alguns elementos que transmitiram uma sensação de repeteco em relação a discussões entre organizadores do evento e comitivas de países que haviam sido testemunhadas durante a COP 6, na Rússia, dois anos atrás. Muda o lugar, mas não os processos. Logo pela manhã, três integrantes do grupo de deputados estaduais do Rio Grande do Sul que viajou à Ásia com a expectativa de dialogar diretamente com a delegação oficial do governo brasileiro, a fim de pressionar pela defesa de temas e propostas de interesse da cadeia produtiva, conseguiu driblar o controle e teve acesso ao centro de convenções. Marcelo Moraes, Edson Brum e Zé Nunes chegaram até o segundo piso do Expo Center.

Na segunda-feira, em plenária, a COP 7 havia ratificado que pessoas identificadas com a cadeia produtiva do tabaco ou com a indústria não seriam, de forma alguma, admitidas no recinto, com o argumento de que poderiam interferir na discussão de medidas ou de determinações contrárias aos interesses desses setores. Tão logo os deputados foram identificados, acabaram sendo convidados a se retirar e reagiram com muita irritação, principalmente porque a decisão de restringir o acesso das comitivas, proposta pela Tailândia, teve o aval (ou o silêncio) da delegação brasileira. Essa intransigência e o caráter de rigidez com relação ao acesso de autoridades repercutiram muito mal também junto à mídia internacional que cobre o evento.

E, além do fato de representantes e líderes do setor do tabaco do Brasil e de outros países terem tido seu acesso vedado, a imprensa igualmente teve sua movimentação restringida em relação ao primeiro dia. Pois o jornalista norte-americano Drew Johnson, 37 anos, vinculado ao Washington Post e influente em temas de política e de negócios, tentou acessar uma das salas em que se reuniam delegados de nações para discutir um dos pontos da COP 7. 

Johnson não só foi expulso como teve sua credencial confiscada, o que impede, assim, seu retorno para o Expo Center. Reagiu indignado, em bate-boca com responsáveis pela sala, e utilizou sua conta no Twitter para denunciar e alfinetar a respeito da pouca transparência que, em seu entender, marca o comportamento dos dirigentes da Convenção-Quadro.


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