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Da novidade à eficiência: como os drones avançam na agricultura do RS

Das 73 mil aeronaves remotamente pilotadas registradas na Anac até julho, 35% eram para uso no agronegócio no país


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 25/10/2019
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Com regras de uso definidas há pouco mais de dois anos no Brasil, os drones começam a assumir protagonismo no diagnóstico de lavouras de grãos e na pulverização precisa de agroquímicos em eucaliptos e frutíferas no Rio Grande do Sul. Das 73 mil aeronaves remotamente pilotadas registradas na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) até julho deste ano, cerca de 35% eram para uso no agronegócio no país. Apesar da rápida expansão nos últimos anos, é um mercado ainda em descoberta e transição — que desperta curiosidade e dúvidas.

— O Brasil se destaca hoje no monitoramento de culturas por meio de imagens para avaliar produtividade, pragas, doenças e fertilidade — explica Lúcio de Castro Jorge, pesquisador da Embrapa Instrumentação.

Além dos drones que captam imagens, o pesquisador ressalta o uso de pequenas aeronaves pulverizadoras, que fazem a aplicação precisa de agroquímicos onde máquinas ou humanos têm dificuldade de acesso — como na silvicultura e na fruticultura.

— A pulverização deve crescer de forma significativa, devendo ser o maior mercado para drones em um futuro próximo — projeta Castro Jorge.

Lauro Alves / Agencia RBS

CMPC, empresa de celulose, ampliará número de equipamentos para aplicação de defensivos em cultivos de eucalipto. Foto: Lauro Alves / Agencia RBS

A redução do custo dos equipamentos, aliada ao aumento da autonomia dos voos, tem ajudado no avanço da tecnologia na agricultura. Os tipos de drones mais usados em áreas de até mil hectares são os multirrotores — com pequenas hélices. Em propriedades maiores, predominam os equipamentos com asa fixa, tipo avião. Castro Jorge pondera que, apesar das inúmeras oportunidades, é preciso ter cautela na adoção e nos investimentos.

— Estamos em período de transição. É preciso entender que drones sozinhos não fazem nada, eles dependem de sensores e de análises eficientes das informações geradas — acrescenta o pesquisador da Embrapa.

Uma das maiores empresas de celulose e papel em atuação no Brasil, a multinacional chilena CMPC passou a usar drones para aplicação de defensivos em área cultivada com eucalipto no Rio Grande do Sul em agosto de 2018.

— Em relação a empresas florestais, a CMPC é a que mais avançou na pulverização com drones no Brasil — afirma Daniel Ramos, diretor de Relações Institucionais, Comunicação e Sustentabilidade da CMPC.

Pulverização reduz acidentes e custos

Até setembro deste ano, 1,7 mil hectares de eucalipto foram pulverizados em áreas nos municípios de Guaíba, Butiá, Barra do Ribeiro, Cristal, Candelária e Encruzilhada do Sul. São dois drones em operação, cada um realizando a cobertura em 20 hectares por dia, aproximadamente. Para 2020, a previsão é de ampliar o uso dos equipamentos. Entre as vantagens, explica Ramos, está a redução do consumo de água na diluição com os defensivos.

— Utilizamos 10 vezes menos água do que na aplicação convencional, além de reduzir o risco de acidentes e otimizar custos — acrescenta o executivo.

Na Estação Experimental da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Eldorado do Sul, drones são usados há quase quatro anos como ferramenta para desenvolver metodologias de aplicação de adubação nitrogenada a taxa variável em áreas de trigo, soja e milho.

— A partir das informações fornecidas pelas imagens, que formam um grande mosaico da lavoura, analisamos a variabilidade espacial do crescimento das plantas e realizamos as intervenções localizadas a tempo — explica Christian Bredemeier, professor da Faculdade de Agronomia da UFRGS.

Para Bredemeier, o grande desafio na agricultura é a forma de utilização das informações:

— O ponto-chave é torná-lo uma ferramenta prática e eficiente para o objetivo que se propõe.

 

Mercado no Brasil e no mundo

Até 2020, projeções da Consultoria PwC apontam que o negócio brasileiro de drones e geolocalização atingirá a marca histórica de US$ 2 bilhões, levando em conta apenas os equipamentos, sem contar o desenvolvimento de softwares.

No mundo, o faturamento chegará a US$ 127 bilhões, tendo a agricultura como o segundo maior setor, com 26% do total, atrás apenas da infraestrutura, que concentra 41% do mercado mundial.

Jefferson Botega / Agencia RBS

Christian Bredemeier, professor da UFRGS, utiliza ferramenta para desenvolver metodologia de aplicação de adubação. Foto: Jefferson Botega / Agencia RBS

 

Tecnologia avança com prestação de serviços nas propriedades

Em franca expansão no mundo, as aeronaves remotamente pilotadas avançam no mercado brasileiro — onde fabricantes de equipamentos e empresas de prestação de serviços empregam 100 mil profissionais, segundo levantamento da consultoria PwC. Na agricultura, o uso comercial de drones se dá especialmente por meio de empresas especializadas — já que a operação e interpretação dos dados requer conhecimento técnico.

É o caso da israelense Taranis, no Brasil desde 2016. Focada no diagnóstico por imagem de lavouras, a startup presta serviços a propriedades rurais e a grandes grupos do agronegócio. Em drones fabricados por terceiros, a companhia acopla câmeras com alta resolução e estabilizador de movimentos.

— Fazemos a analogia de que o nosso diagnóstico pode ser feito por meio de um raio X ou de uma tomografia computadorizada — explica a agrônoma Franciele Trentini, gerente técnica da Taranis do Brasil, que emprega 20 pessoas no país.

No caso do raio X, as imagens captadas formam um mosaico de toda a área cultivada, onde é possível identificar grupos de plantas daninhas (folhas largas ou estreitas) e a variação do stand do crescimento das plantas. Na tomografia computadorizada, é feita uma amostragem da área total, em uma análise qualitativa.

Assim, é possível indicar espécies de plantas daninhas presentes nas lavouras (capim amargoso ou capim pé de galinha, por exemplo), além de deficiência nutricional por elementos químicos (nitrogênio, magnésio etc).

— Para análise mais específica, desenvolvemos e patenteamos uma câmera que mantém o foco em uma velocidade de voo em linha reta de até 120 quilômetros por hora — detalha Franciele.

Após o sobrevoo, os diagnósticos quantitativo e qualitativo são processados por meio de algoritmos e entregues ao produtor rural no prazo de um a dois dias — a tempo de intervir com defensivos ou adubação.

 

Mapeamento aéreo

No mercado há três anos, a Auster Tecnologia fabrica e opera aeronaves remotamente pilotadas com foco no setor agrícola. Com sede em Santa Maria, a startup faz o mapeamento aéreo para detecção de pragas e deficiência de adubação em lavouras de grãos. Após processar e analisar as imagens, a equipe de engenheiros gera modelos de aplicação de defensivos e fertilizantes em taxa variável e de dispersão de agentes biológicos (vespinhas).

— O drone não é o fim, é o meio. Há um processo até chegar a uma solução — explica Saulo Francisco da Silva Penna Neto, presidente da Auster Tecnologia.

 

Participação dos setores agrícolas no país na utilização de drones

40% Florestal
30% Sucroalcooleiro
15% Grãos (soja, milho, trigo etc)
12% Fruticultura, bovinos e outros

 

Usos mais frequentes de drones

80% monitoramento de produtividade, fertilidade, pragas e doenças
20% pulverização e controle biológico (dispersão de vespinhas)

Fonte: Embrapa Instrumentação, por meio de pesquisa realizada em feiras do setor

 

Ministério da Agricultura criará regras para aplicação de agroquímicos no país

Lauro Alves / Agencia RBS

Aplicação de agroquímicos por pequenas aeronaves não tem regras estabelecidas no Brasil. Foto: Lauro Alves / Agencia RBS

 

O uso de drones pulverizadores com peso máximo de 25 quilos deverá ser regulamentado pelo Ministério da Agricultura até o final deste ano. Autorizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em maio de 2017, a utilização de aeronaves remotamente pilotadas para aplicação de produtos químicos em lavouras não segue nenhuma instrução técnica.

— Essa parte ficou no limbo, o que é um problema, pois pessoas sem preparo e conhecimento técnico podem operar um equipamento que aplica agroquímico — alerta Ulf Bogdawa, presidente da gaúcha SkyDrones, primeira fabricante brasileira de drone multirrotor.

Integrante do grupo de trabalho que está discutindo a instrução normativa no governo federal, Bogdawa adianta que a regulamentação trará a exigência para o piloto das pequenas aeronaves de fazer curso de segurança de aplicação e manuseio de agrotóxicos, além da licença e registro já exigidos pela Anac para voos com drones.

Há mais de 10 anos no mercado, a SkyDrones lançou há cinco anos um modelo de drone pulverizador, com capacidade para cobrir um hectare a cada voo. Após três anos de testes de eficiência, o equipamento passou a ser usado comercialmente em culturas como café, laranja, cana de açúcar e em áreas de produção de sementes.

— O agronegócio representa hoje mais de 60% do nosso negócio, com potencial para passar de 80% em pouco tempo — projeta Bogdawa.


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