Comercialização de animais no RS tem recuo nas vendas e nos preços da temporada
Cotação médio do quilo vivo de terneiro caiu 10% ficando em R$5,52, abaixo da expectativa
A temporada das feiras de outono do Rio Grande do Sul chegou ao fim com queda tanto em número de animais comercializados quanto em valores. Conforme levantamento divulgado ontem pelo Sindicato dos Leiloeiros Rurais do Estado (Sindiler), foram vendidos 25.038 terneiros, 20% menos do que no ano passado. O preço médio ficou em R$ 5,52 o quilo vivo, com retração de 10,3%.
Em toda a temporada foram comercializados 45.434 animais, o que inclui 12.661 terneiras, 5.566 vaquilhonas e 2.169 vaquilhonas com mais de 24 meses. O valor total ficou em R$ 46,8 milhões. O faturamento total com a venda de machos foi de R$ 24,8 milhões.
“A minha esperança era que pudéssemos chegar a R$ 6,00 o quilo, mas não chegamos”, comenta o presidente do Sindiler, Jarbas Knorr. O leiloeiro atribui o desempenho das feiras a dois fatores principais: a concorrência com a venda de terneiros para fora do Brasil, que reduziu a oferta, e a crise enfrentada pelo país. O ponto positivo, segundo Knorr, é a qualidade dos animais ofertados. “Cada vez melhora mais a parte genética, isso nos enche de satisfação”, ressalta.
Um dos pontos altos da temporada foi a Feira de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas, ocorrida no último sábado, durante a Expoleite/Fenasul, em Esteio. Na ocasião, a média dos machos ficou em R$ 5,94 o quilo. Para o presidente da Comissão de Exposições e Feiras da Farsul, Francisco Schardong, os números da temporada ficaram dentro do esperado. Entre os motivos para a queda da média, ele cita as vendas diretas na propriedade e a exportação. Schardong não acredita que a crise política tenha influenciado o desempenho dos remates.