Câmara Setorial de Arroz debate o seguro da lavoura
Reunião aconteceu na Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação
A Câmara Setorial do Arroz do Rio Grande do Sul esteve reunida nesta semana na sede da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), em Porto Alegre, para falar do seguro agrícola, assunto que vem sendo pautado permanentemente, tanto na Câmara Nacional do Arroz, quanto na estadual. “Desde fevereiro de 2015, estamos construindo este desenho do seguro para a lavoura, que é um tema recorrente, este é o caminho para chegarmos ao seguro de renda”, observou Rodrigo Rizzo, coordenador da Câmara, que conduziu o debate. Participaram entidades ligadas à cadeia orizícola para tratar também de interesses do setor.
O modelo de seguro agrícola adotado hoje não estaria satisfazendo o setor arrozeiro. O diretor comercial do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Tiago Barata, acredita que a cultura necessita de um seguro específico dadas as suas peculiaridades. “A lavoura de arroz é diferenciada das demais e precisa de um formato de seguro ajustado às suas características”, resumiu.
O vice-presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, apresentou relatos vindos da Câmara Nacional de Seguro, Crédito e Comercialização. Conforme o vice-presidente, o modelo atual de seguro é focado no financiamento, o que não serve para o produtor rural, pois cobre apenas 70% do custeio. “O seguro deveria ser focado no desembolso e não no financiamento. Devemos juntar dados da cadeia produtiva e buscar solução junto às seguradoras propondo uma mudança no atual modelo para diminuir os problemas de endividamento e rolagem da dívida”, enfatizou.
Representando a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), o prefeito de Tapes, Silvio Rafaeli, falou sobre a importância deste benefício para a lavoura de arroz e apresentou uma proposta da Mapfre Seguros. O gerente territorial da empresa no Rio Grande do Sul, Ivan dos Santos, afirmou que o seguro representa uma alternativa legal e necessária para dar tranquilidade ao produtor. Santos abordou o Custeio Agrícola – seguro que cobre diversos riscos climáticos às lavouras, garantindo o valor de custeio segurado na apólice. A cobertura básica é a partir de 15 centímetros da altura da lavoura, em 70% da área segurada, até a colheita. O seguro cobre dados causados por fenômenos, como: seca, chuvas excessivas, tromba d’água, granizo, geada, ventos fortes e ventos frios, incêndio e raio.
Também estiveram presentes representantes da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul); Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR); Companhia Nacional de Abastecimento (Conab); Sindicato da Indústria do Arroz no Estado do Rio Grande do Sul (Sindarroz-RS), Federação das Cooperativas de Arroz (Fearroz) e Associação dos Produtores e Comerciantes de Sementes e Mudas do Rio Grande do Sul (Apassul). Os próximos dois encontros ficaram agendados para os dias 23 de agosto e 22 de novembro, respectivamente.