Brasil na COP 7 pauta reunião da Câmara Setorial do Tabaco
O evento, realizado nesta terça-feira (29) na sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília, reuniu representantes do governo federal e membros de entidades do setor
Assuntos sobre a participação brasileira na 7ª Conferência das Partes (COP7), que será realizada em novembro deste ano, na Índia, foram discutidos durante a 50ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco, nesta terça-feira, 29 de março. O evento, realizado na sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília, reuniu representantes do governo federal e membros de entidades do setor.
Dada a importância da COP como instância deliberativa onde são tomadas decisões que interferem na produção de tabaco no Brasil e no mundo, os representantes da cadeia produtiva buscam sensibilizar a delegação brasileira que terá assento na conferência mundial. Para isso, a principal estratégia é mostrar a importância social e econômica da produção de tabaco no Brasil.
Segundo o presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco), Iro Schünke, só no campo são mais de 600 mil pessoas envolvidas, com 154 mil propriedades produtoras. “Na indústria, são cerca de 40 mil empregos diretos”, acrescentou. “Além disso, nós representamos 1,14% das exportações totais brasileiras”, ressaltou o executivo.
Outro assunto do encontro foi sobre as postagens da ministra da Agricultura Kátia Abreu no Twitter, declarando-se contra a fabricação de cigarros, o que desagradou às lideranças do setor. Para o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva, Airton Artus, possivelmente a ministra confundiu uma opinião pessoal com o posicionamento como chefe da pasta agropecuária. “Nós entendemos que deve haver mais compreensão sobre a importância econômica e social e uma avaliação separada entre produção e consumo”, disse Artus.
Na reunião desta quinta, os representantes da cadeia produtiva também manifestaram preocupação com o contrabando e a pirataria de tabaco. A venda de cigarros ilegais afeta a indústria, por causa da concorrência desleal, e o governo, porque mais de R$ 4,5 bilhões deixam de ser arrecadados.
Além de Airton Artus e Iro Schünke, participaram da reunião o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Fumo (Abifumo), Carlos Galant; o consultor da Câmara Setorial, Romeu Schneider; e o presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Werner; entre outros representantes do setor. As próximas reuniões da Câmara Setorial serão nos dias 15 de junho e 7 de dezembro, em Brasília, e 27 de outubro, em Cruz das Almas, na Bahia.