Afubra defende produção menor na próxima safra
Mudas de tabaco começam a ser preparadas em maio para, em julho, serem transplantadas para a lavoura.
A comercialização da safra 2014/15 ainda nem chegou no auge e os representantes dos produtores dos três estados do Sul do Brasil já estão de olho no próximo ciclo. Nos dias 29 e 30 deste mês eles terão encontro para tentar ao menos encaminhar uma estimativa realista de produção, que atenda a demanda das empresas sem aumentar os estoques. Em maio os agricultores já preparam as mudas de tabaco para, em julho, iniciar o transplante para a lavoura.
Ao avaliar no fim de semana o protesto realizado na última sexta-feira em Venâncio Aires (RS), o presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Albano Werner, disse que é preciso produzir menos tabaco. “Não podemos chegar na virada do ano e dizer que temos muito fumo. O produtor não pode assumir custos elevados, muitas vezes até com a contratação de mão de obra, e depois receber valores baixos como o da atual safra”, resume Werner.
Segundo o presidente da Afubra, a redução média linear poderá chegar a 15%. “Queremos que os produtores continuem na atividade, mas cada um produzindo um pouco menos. Assim deveremos garantir uma remuneração mais justa e a permanência na atividade”, acrescenta. De acordo com estimativas da Afubra, o saldo da atual safra deverá ficar em 695,8 mil toneladas produzidas em 308,2 mil hectares do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.