“A mulher tem que se fazer presente e correr atrás das conquistas”, afirma vereadora sobre Dia da Conquista do Voto Feminino
O programa "Elas por Elas" recebeu a advogada Iasmim Devogeski, a vereadora Eva Rosi e a psicóloga Micheline Borges; elas debateram a história de luta das mulheres
No programa Elas por Elas de quarta-feira (24), a advogada Iasmim Devogeski, a vereadora Eva Rosi e a psicóloga e articuladora do Coletivo Ser Mulher, Micheline Borges debateram a importância do Dia da Conquista do Voto Feminino para a história de luta das mulheres. É importante destacar o motivo pelo qual, o dia 24 de fevereiro é específico a comemoração ao Dia da Conquista do Voto Feminino.
A advogada Iasmin destacou que a data é muito importante e é necessário ressignificar toda a luta que as mulheres tiveram, através de um contexto histórico do porquê precisou chegar em uma Lei em 2015, marcando a data como comemorativa. “O direito de votar da mulher, faz recém 88 anos… então é bem recente a nossa caminhada política”, disse.
Tudo iniciou com a constituição de 1890, onde diz que o direito do voto é dos cidadãos. Foi quando as mulheres iniciaram a busca pelos seus direitos. Mas foi só em 1879 que as mulheres tiveram autorização para ingressar na faculdade, pois até então as mulheres não podiam cursar o ensino superior “porque era tido como um desvio de conduta”, explicou a advogada.
A autorização para as mulheres poderem fazer faculdade, foi fundamental para ela se situar melhor do que é de direito dela. “Consegue se defender e consegue correr atrás dos seus interesses”, destacou a vereadora.
Eva salientou ainda que “eu percebo, não só na política que ainda há uma resistência, mas outras mulheres que nos antecederam também foram alicerces para nós. E se estamos aqui hoje é porque nós estamos fazendo a diferença na comunidade, estamos valorizando essas pessoas que nos antecederam e que estão nos ajudando hoje a dar esse grito de liberdade e de correr atrás”, afirmou.
Micheline Borges, psicóloga e articuladora do Coletivo Ser Mulher, mencionou que esse olhar para a história e fazer todo o resgate é muito importante. Ela salientou ainda sobre as mulheres que lutaram e conquistaram os direitos de liberdade “o olhar delas é um olhar forte, sem inocência. Um olhar de luta, de quem está buscando algo para além dela”, contou.
Em 1997, junto com a lei eleitoral, houve a necessidade de ser estabelecida uma cota mínima de participação feminina na política. Na lei é explicado, que de um mesmo gênero não pode ter mais de 70% dos candidatos. Tem que ter no mínimo 30% de mulheres ou no máximo de 70%. “Em Camaquã, nós temos um Câmara com 15 vereadores e só temos 2 mulheres vereadoras. Então realmente ainda há um caminho a ser percorrido. A mulher tem que se fazer presente, tem que correr atrás e tem que votar nas mulheres”, disse.
Confira a entrevista completa: