Estiagem preocupa Prefeituras e fumicultores: “Vivemos novamente um momento difícil”
Prefeito de Chuvisca anunciou estudo para novo decreto de situação de emergência por estiagem no município
Ano novo, problemas conhecidos. Pelo segundo ano consecutivo, o município de Chuvisca sofre com os prejuízos trazidos pela estiagem, que dura meses e preocupa, principalmente, os fumicultores. Pelas redes sociais, muitos trouxeram o retrato da falta da chuva: lavouras secas, com plantas debilitadas e o medo de mais um ano no vermelho.
Entre outubro de 2019 e o inverno de 2020, situação semelhante assolou a região de Camaquã, atingindo o interior da cidade, bem como os municípios de Amaral Ferrador, Chuvisca, Dom Feliciano, Encruzilhada do Sul, São Lourenço do Sul, Cristal e diversos outros municípios da Zona Sul, que tem no tabaco uma das bases da sua economia.
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Pelas redes sociais, o prefeito de Chuvisca, Joel Subda, destacou a preocupação com a situação vivida pelos fumicultores:
“Vivemos novamente um momento difícil.
Ele compartilhou a imagem da internauta Lisiane Tuchtenhagen:
Já na localidade de São Bras, próxima a divisa com Camaquã, os produtores Clovis e Mariluce também compartilharam os reflexos da estiagem:
Presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha, o deputado Edson Brum (MDB) criticou os dados sobre a estiagem divulgados pela Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar, vinculada à secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr). Ele questionou o Informativo Conjuntural, que diz que “as chuvas dos últimos dias têm contribuído para o desenvolvimento do milho e para a continuidade dos plantios”.
“Essa não é a realidade enfrentada pelos produtores das regiões Central, Carbonífera, Costa Doces e Vales do Rio Pardo e Taquari, por exemplo, onde estive ou tive contato nos últimos dias. Os prognósticos são muito preocupantes. Se não chover consideravelmente nos próximos dias, as perdas do agronegócio serão maiores do que os causados pela estiagem de 2020”, alertou Brum.
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Além de acumular prejuízos para as lavouras de milho, soja, arroz e tabaco, há localidades que registram falta de água para o consumo humano. A situação foi exposta por produtores durante reunião que tratou do tema na prefeitura de Rio Pardo, na última quarta-feira (6). O encontro contou com a presença do deputado, do secretário da Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Fernando Schwanke, de produtores e representantes de entidades do setor.
“A situação é gravíssima porque os nossos agricultores enfrentam a segunda seca intensa no período de um ano. É preciso que os órgãos tenham responsabilidade e cuidado ao fazer e divulgar levantamentos. A função destes dados é retratar a verdadeira situação no campo e não atrapalhar ainda mais o trabalho dos nossos agricultores”, completou o deputado.