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28 de outubro: Dia Estadual do Produtor de Tabaco

A equipe do Clic Camaquã presta homenagem a todos que ajudam a movimentar a economia da nossa região


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 28/10/2019
 Tempo de leitura estimado: 00:00

O Dia do Produtor de Tabaco é comemorado em 28 de outubro e é celebrado, principalmente, nas regiões onde essa cultura tem uma importância econômica e social. Ela movimenta mais de R$ 6 bilhões ao ano, segundo dados da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), e é produzida majoritariamente pela agricultura familiar, na qual as mulheres vêm assumindo um protagonismo cada vez maior.

Antes caracterizadas como ajudantes nas propriedades, elas têm mostrado que são essenciais para o setor que produz mais de 685 mil toneladas de tabaco e emprega mais de 2 milhões de pessoas direta e indiretamente. Na Região Sul do Brasil, responsável por 97% da produção, elas já estão atuando em todas as fases do cultivo, desde a semeadura até a cura e comercialização das folhas.

As mulheres também exercem um papel essencial nos núcleos familiares, sendo, inclusive, as principais incentivadoras da educação dos filhos. É o caso das agriculturas Gladis Henn Dorfey e Sheila Laís Rockenbach Gabe do Rio Grande do Sul.

As duas, por seu envolvimento e dedicação com a cultura de tabaco, foram exemplos de sucesso no programa Força Feminina em Campo, promovido pela Japan Tobacco International – JTI, empresa líder no setor. Exclusivo para mulheres, a iniciativa promove eventos para fortalecer a autonomia e atuação delas nas propriedades.

Na edição, que ocorreu no dia 26 de setembro, no município de Rio Pardo (RS), elas compartilharam suas histórias com mais de 600 agricultoras da região. “Foi muito bom participar desse momento de troca de experiências e conhecimento”, afirma Gladis que cultiva junto ao marido e o filho, de 26 anos, 48 mil pés de tabaco no interior do município de Sinimbu.

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Mudança de hábito

Sua lavoura foi iniciada há 24 anos, após uma tentativa frustrada de residirem na zona urbana de Santa Cruz do Sul. Nessa época, o marido trabalhava em uma fumageira no município, na qual ela também atuava nos períodos de safra. Porém, a insatisfação com a vida urbana foi surgindo e as dificuldades para se manter foram crescendo. “Aqui no interior eu conheço todo mundo, todos os meus vizinhos, na cidade eu não tinha esse relacionamento. Além disso, o terreno lá era pequeno, não dava para produzir. Aqui, posso ter minha horta, plantar o que eu quiser, além da sensação de liberdade – que em qualquer outro lugar a gente não teria – e do contato direto com a natureza”, analisa. Assim, resolveram voltar para o interior.

Hoje em dia, Gladis e sua família estão focados em aumentar a qualidade do que produzem para maximizar seus ganhos. “Como somos só nós três a trabalhar na propriedade, é melhor mantermos o tamanho da produção e focarmos na qualidade para ter um produto bom para a venda. Não adianta plantar muito e perder o principal”, afirma.

Já Sheila está à frente do cultivo há 8 anos. Seus pais eram funcionários em uma lavoura de arroz, porém, buscando melhores condições de vida, mudaram-se para Agudo e começaram a plantar tabaco. Atualmente, ela e o marido residem no município de Vale do Sol (RS) e, nessa safra, plantaram 50 mil pés.

“Pretendo ficar minha vida inteira no campo, é onde me sinto mais tranquila e sem tanta correria, não gosto muito da cidade, prefiro ser mais livre”, afirma Sheila que gosta de estabelecer suas próprias metas e horários de trabalho.

Ela e o marido dividem todas as tarefas na lavoura na qual ela aplica os conhecimentos que aprendeu no curso técnico de zootecnia, que lhe permitiu aprender mais sobre os solos e os cuidados com os animais – que cria para consumo próprio.

O amor pela vida no interior e os planos para o futuro a motivam a querer ampliar a lavoura. “Hoje já temos 19 hectares de terra. Logo, pretendemos ampliar a produção para temos mais ganhos e nos preparamos para ampliar a família”, afirma.

Para Flavio Goulart, diretor de Assuntos Corporativos e Comunicação da JTI, a história e dedicação de Gladis e Sheila na cultura do tabaco é um exemplo do papel das mulheres na agricultura. “Essas são duas histórias que demonstram a fibra e a importância das produtoras. Elas são exemplos de como cada vez mais a importância das mulheres para a sustentabilidade da agricultura tem crescido ”, afirma.

 

A Cultura do Tabaco no Brasil

O Brasil é o segundo maior produtor de tabaco do mundo, perdendo apenas para a China. Em 2017, a fumicultura gerou 638.440 empregos diretos na lavoura e 40.000 na indústria e indiretamente, foram mais de 1,44 milhão de empregos gerados.

O tabaco é cultivado em 321.520 mil hectares do território nacional e o sul do país é responsável por 98% da produção, sendo o principal complexo agroindustrial de tabaco do Brasil com 619 municípios.

 

Produção

Depois de cultivada, o produtor acompanha o processo de desenvolvimento das plantas até a colheita, que não necessariamente é feita de uma só vez. As folhas podem amadurecer em ritmos distintos, de acordo, por exemplo, com a exposição de cada uma à luz solar.

Após a colheita, as folhas passam pelo processo de cura, que pode ser feito de duas formas. O tabaco Virgínia, mais comum nas lavouras brasileiras, passa de quatro a cinco dias em uma estufa, com temperatura e umidade controladas. Os demais tipos  são mantidos em suspensão por cerca de 40 dias, expostos a condições naturais, até atingirem o ponto desejado.

A última etapa na propriedade é a classificação das folhas. Elas são divididas e agrupadas de acordo com a semelhança de características. O valor de cada tipo será definido no processo de compra. 

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Os números no Estado

Na região Sul do Rio Grande do Sul, o tabaco chegou para ficar. Conforme dados divulgados pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), entre os dez maiores produtores do Estado, cinco são daquela região. Em primeiro lugar pelo terceiro ano consecutivo, Canguçu surge com uma produção estimada de 22,8 mil toneladas na safra 2018/19. Há dez anos, o município era o quarto na lista, atrás de Venâncio Aires, Santa Cruz e Candelária.

Entre os cinco primeiros, São Lourenço do Sul surge em terceiro e Camaquã em quinto. A produção santa-cruzense aparece em sexta posição na lista, com 12,7 mil toneladas. Contudo, o gerente do Departamento de Supervisão Técnica da Afubra, Paulo Vicente Ogliari, ressalta que os dados consolidados poderão ser publicados somente em julho, quando a entidade deve contar com o relatório final da safra.

Ogliari acredita que, por aqui, o produto vem perdendo espaço em razão de uma série de fatores. Entre eles, destaca as emancipações, que acarretaram em perda de área física em municípios como Santa Cruz do Sul, além da migração para outras culturas e, também, a redução do número de produtores, com a aposentadoria no campo. Outra possibilidade para a redução do número de fumicultores no Vale do Rio Pardo é a escolha de alguns em deixar o campo para atuar nas cidades, especialmente junto às indústrias. 

Enquanto isso, o Sul desponta. Há dez anos, por exemplo, Canguçu somava 14,2 mil toneladas, em uma área de 9.321 hectares – na safra atual são 10.275. Naquela época, Pelotas sequer aparecia entre os principais produtores de tabaco. Hoje, surge em décimo, com quase 7,7 mil toneladas do produto, cultivadas em uma área de 3,5 mil hectares por quase 2 mil fumicultores.

“O Sul está descobrindo o ganho econômico do tabaco. Também estão investindo em tecnologias, com lavoura irrigada, por exemplo, o que pode garantir uma produtividade superior ao normal. Outra característica é que eles plantam mais tarde. Nessa época tem gente, no Sul, que recém está terminando a colheita. Aqui na região já se está pensando em plantar a nova safra”, afirma Ogliari. 

 

Cuidado com a umidade
Diante do tempo chuvoso, quem ainda tem tabaco nos galpões precisa ficar atento. Conforme Paulo Vicente Ogliari, da Afubra, é fundamental que o produto fique em local sem contato com a umidade, preferencialmente sob lençol plástico. Outra possibilidade é vendê-lo o mais breve possível.

Enquanto isso, diante de 69% da safra 2018/19 vendida, outros agricultores começam a planejar o próximo plantio. Na região, por exemplo, mais de 70% já semearam seus canteiros. “Na parte baixa passa de 90%”, comenta Ogliari. Com o atraso do frio e a continuidade da chuva, os fumicultores também poderão perceber uma aceleração na germinação das sementes e o desenvolvimento mais rápido das mudas. 

 

O agricultor

A Expedição da Agricultura Familiar finalizou a primeira etapa do projeto, na Região Sul, visitando o município de Venâncio Aires, tradicional reduto de fumicultores gaúchos na região central do Estado.

Mais de 7 mil famílias vivem na área rural, sendo 98% pertencentes à agricultura familiar. “O tabaco tem a lucratividade boa, mas não é só do tabaco que vive o pequeno agricultor, tem outras culturas como milho, soja, avicultura, pois o mercado varia muito então é preciso ter variedade na propriedade”, diz o chefe da Emater em Venâncio Aires, Vicente João Fim.

O tabaco chama a atenção do produtor, pois não é preciso plantar em grande quantidade para obter um lucro alto. Neste ano, os 9.500 hectares plantados de tabaco em Venâncio Aires e região registraram faturamento entre R$ 15 mil a R$ 16 mil por hectare.

Já o milho, outra cultura de destaque no município, é plantado em 12 mil hectares, mas a renda varia entre R$ 3 mil a R$ 3,5 mil por hectare. A propriedade do casal Eroni Erno Gaertner e Marli Metz Gaertner tem diversificação, com milho, aves, gado e frutas, mas não poderia faltar também o tabaco.

A propriedade tem 17 hectares e eles moram no local há 39 anos. De lá pra cá a forma de cultivo sempre foi a mesma. O único filho, Erli Neri Gaertner, 38 anos, cuida da parte pesada na lavoura. “Meus pais fazem o serviço básico sem muito esforço. O pai não aguenta mais o serviço pesado. Os dois já estão aposentados. Eu cuido de tudo pra eles e minha esposa ajuda”, relata.

Em 3 hectares e meio da propriedade,  foi plantado o tabaco, com lucro de R$ 35 mil líquidos. O milho plantado em 10 hectares rendeu 1200 sacas. Um terço é para o consumo próprio da família. O restante, cerca de 1 mil sacas, rendeu R$ 17 mil líquidos. Das 43 cabeças de gado, 12 foram vendidas, a preço de R$ 2 mil brutos (R$ 1 mil líquidos).

 

Diversificação e tabaco

“O produtor hoje em dia não pode viver só do tabaco, mas também não pode deixar de ter na propriedade. A gente tem essa variedade para se manter melhor, o mercado muda muito. O tabaco pelo pouco que planta ainda gera mais lucro, mas o produtor precisa se alimentar também, na nossa propriedade dividimos comercialização e consumo”, afirma Erli.


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