Reciclar – Opção Definitiva
A coleta seletiva foi implantada em Porto Alegre há 27 anos. Hoje são 17 unidades de triagem funcionando amparando com emprego e renda um segmento de vulnerabilidade social. Pelo que se sabe este processo está dando certo e cada vez mais ganha terreno. Isso, também ocorre em outras cidades gaúchas. Em Camaquã a coleta seletiva iniciou em dezembro de 2001, chegou no final de 2004 com uma atividade intensa reunindo 77 pessoas implementando a atividade em toda área urbana, com uma coleta por semana, em cada bairro e em parte no interior, com uma coleta por mês. Houveram alguns recuos e hoje a COTRICA (Cooperativa de Triagem de Camaquã) reúne apenas 40 cooperativados trabalhando no galpão, mesmo que as condições de trabalho estejam muito mais avançado.
Está sendo articulado pelo governo Ivo de Lima Ferreira uma revitalização da atividade de coleta seletiva, principalmente incorporar mais residências empenhadas na separação dos resíduos sólidos. Também será necessário aprimorar a técnica na separação e quem sabe agregar mais valor aos produtos, passando por um processo de pré reciclagem, instalando pequenas unidades de beneficiamento.
Todo esse trabalho terá que passar por uma intensa campanha de educação ambiental dirigida ás escolas e as Associações de Bairros. Haverá, com certeza, o foco de que a coleta seletiva é referência em geração de oportunidade de trabalho, assim como, que a atividade oportuniza a conquista de uma cidade mais limpa e ao mesmo tempo sustentável.
Para mostrar a importância da atividade de selecionar e reciclar os resíduos inservíveis da sociedade, vejamos: Dados do Programa da Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), cada cidadão descarta o equivalente a meio quilo de eletroeletrônicos anualmente. Só isso representa 50 milhões de toneladas de resíduos a cada 365 dias. Evidente que essa carga toda vai se somar aos rejeitos domésticos que representam outros 0,800 Kg a 1,5 Kg por pessoa.
Para solucionar essa questão no Brasil, veio o Projeto de Lei nº 2031991, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que estabelece definitivamente a “responsabilidade compartilhada” entre Governo, Indústria, Comércio e Consumidor Final. No disciplinamento dessa terefa surge na Lei a faceta mais inteligente do Processo, que é a “Logística Reversa” nela, obriga o Fabricante, Importador, Distribuidor e Vendedores dos resíduos especiais, onde se incluem os eletroeletrônicos, a darem no retorno, destino adequado aos seus produtos quando inservíveis. O consumidor deve procuras encaminhar esses resíduos ao local de aquisição.
Com toda as observações até o presente momento, nas lidas com os resíduos sólidos, pode-se afirmar que nessa lida não existe mágica, milagre e muito menos truque, a reciclagem é a opção definitiva. Então, mãos a obra.