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A ocupação da terra gaúcha


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 02/07/2016
 Tempo de leitura estimado: 00:00

O saudoso padre Balduino Rambo dizia que a colonização do Estado do Rio Grande do sul foi feito dentro do trinômio foice, machado e fogo. A floresta era fonte inesgotável de matéria prima, pelo menos na aparência. Assim, a colonização iniciou com a ocupação, inicialmente, das áreas de campo, principalmente onde hoje encontra-se os municípios de Rio Grande, Viamão, Santo Antonio da Patrulha , etc. As florestas permaneciam na quase totalidade, virgens.

Nas proximidades dos povoados, já se lançava a utilização das essências florestais, que eram empregadas nas atividades humanas. Os portugueses não foram tão devastadores. No entanto com a chegada dos imigrantes alemães e mais tarde dos italianos, poloneses, russos e outros e com os campos já ocupados, a colonização se dirigiu às áreas de mata nativa serrada e agressiva.

Os assaltos às matas nativas, inicialmente sem importância, feitas com machado, foice e fogo, passaram a ser devastadores com o crescimento da população. Depois as estradas de ferro aumentaram a agressão, com o uso de dormentes. Sempre os melhores exemplares eram postos abaixo.

No fim do século passado a madeira era usada para praticamente tudo, casas, estábulos, cocheira, pocilgas, carroças, energia, pontes e barcos. Acrescentado da limpeza das lavouras pelo fogo. Essa utilização era feita sem reposição. Assim foi feito até se chegar a última árvore aproveitável. A exaustão da mata nativa foi muito influenciada pela exportação, um exemplo  entre nos, foi a transferência do Pau Ferro da Banderinha e Pessegueiros em Camaquã e Tapes respectivamente, para o litoral e Uruguai para moerões, usavam apenas os galhos o resto era queimado. Isso ocorreu nas décadas de 50 e 60.

Todo o consumo de lenha ajudou na derrocada das matas nativas do Estado, inclusive as estufas de fumo que consumiam muita lenha e, inicialmente, grande parte desse consumo era buscado nas matas nativas, que o produtor possuía em sua região. O solo onde as matas estavam foram destinadas à lavouras, sem a adequação para a agricultura, muitas não se enquadravam pra a atividade agrícolo pela inclinação do terreno.

O Estado do Rio Grande do Sul, no início da colonização possuia uma cobertura arbórea nativa de cerca de 42%, hoje resta muito pouco da mata nativa , quase toda remanescente em reservas estaduais, federais e grandes propriedades, em geral fazendas de criação de gado. Os últimos bosques hoje agonizam, frente as tecnologias mais eficientes, como a motossera e tratores de grande porte, que desmatam  com uma velocidade incrível. Atualmente o traçado das estradas tem provocado, em muitos casos, a continuidade das derrubadas.

O Estado com suas reservas exauridas, busca em outras fontes a madeira de lei, para a construção civil, móveis e outras finalidades, isso também acontece em todos Estados do sul e o pior é que nos locais onde são buscadas as madeiras, o processo se repete, sem um manejo florestal adequado, condicionando a destruição a processos mais violentos, com o uso do fogo, deixando no solo sequelas que apressam sua destruição completa.

Calcula-se que tenhamos hoje no estado cerca de 12% de cobertura florestal nativa, mas a mata original não supera 5%. Por essa razão podemos afirmar que muitas áreas estão sendo usadas fora das limitações de uso, conforme a sua capacidade. Estas áreas representam quase na integralidade superficies de recarga d’água para o solo. Seriam as APPs que protegem as vertentes, abastecem o lençol e os aquiferos. Isso explica porque os cursos de águas são hoje, na sua maioria drenagens de chuvas. O ciclo da água esta incompleto, basta uma pequena estiagem e os rios menores dão sinais evidentes disso. As sangas e os arroios muito mais.

Para retomar a normalidade dos mananciais deverá ser efetuado um robusto programa de conservação do solo, com base na reposição florestal nativa nas áreas de recarga e especialmente um amplo trabalho de revitalização de vertentes. Pelo menos nós pensamos assim.


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