A importância da arborização urbana – Parte II
Vimos no texto anterior que as árvores emolduram a paisagem, torna o ambiente mais agradável e saudável, assim, resumindo, as funções das árvores são: produzir oxigênio, absorver o gás carbônico da atmosfera, agir como quebra-ventos, reduzir as fuligens do ar, produzir sombreamento que por sua vez ajudam a aproximar as máximas e mínimas temperaturas ambientes, abafar os sons, resguardar a fauna, retém as águas das chuvas. Essas são as principais, mas poderiam ser acrescentadas outras. Baseado nesses pilares a Organização Mundial da Saúde recomenda 10 m2 de superfície arbórea por habitante nas cidades.
Vocês devem ter observado que todas as funções das árvores estão aderente ás suas copas, então se as árvores sofrerem uma poda, automaticamente suas funções ficam anuladas em parte da sua existência. Por essa razão as podas devem ser reduzidas e admitidas somente como correção no desenvolvimento das mesmas, ou quando a árvore oferecer perigo a população isso num processo criterioso e limitado.
Toda cidade deve possuir um plano de arborização adequado aos espaços, isto é árvores pequenas sob a fiação e árvores médias em espaços livres. Dentro do perímetro urbano não se admire árvores frondosas (grandes). Nesse plano devem ser levados em conta os cenários futuros. A sistematização dos plantios deve seguir rigorosamente o que prevê o Plano. Se a arborização existente não está em conformidade, terá que ser trocada lentamente.
A escolha das árvores no plantio das áreas urbanizadas deve ser muito criteriosa. É importante verificar o sistema radicular e o seu porte, isso porque, a arborização pode causar problemas para o sistema de encanamento de água, do esgoto cloacal e da drenagem fluvial. Também devem ser descartadas espécies tóxicas para o homem e para os animais.
Quanto ao sistema de desenvolvimento das árvores, quando utilizado em avenidas, principalmente nos canteiros centrais as espécies deve ser colunares, para não atrapalhas a visibilidade, nesse caso se enquadram as palmeiras diversas e o coqueiro nativo, já nas laterais pode ser utilizadas arvores de médio porte, mas sempre afastadas de entradas de automóveis e em todas as esquinas. De preferência utilizar sempre árvores de folhas permanentes.
As espécies utilizadas no plano devem incluir frutíferas diversas visando o favorecimento da manutenção da fauna, com criação de corredores ecológicos na cidade. Também deve ser considerada a coloração das flores e o período de florescimento, para manter a cidade mais tempo florida.
Resta ainda um cuidado especial com a fiação elétrica das ruas, nesse caso deve ser utilizadas espécies de pequeno porte, para isso existem dezenas delas disponíveis entre as ornamentais exóticas e nativas. Não justifica a utilização de espécies frondosas nessas condições, pois existem muitas opções para evitar isso.
Colocamos ai algum ponto básico para um plano de arborização de uma cidade, tem um punhado de variantes que podem ser introduzidos, o que não podemos admitir é que se faça esse trabalho sem critério onde as árvores se tornem um estorvo para a população. Temos ainda nessa vertente que instituir um grande trabalho de esclarecimentos e de conscientização de todos moradores da cidade.