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14 de dezembro de 2024
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A Bacia Hidrográfica do Camaquã


Por Redação Clic Camaquã Publicado 08/09/2015
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       A água é sem nenhuma dúvida, uma questão estratégica e passará a ser um elemento de disputa econômica e política no âmbito Municipal, Estadual, da União e também internacional. Nessa vertente podemos dizer que as bacias hidrográficas são as unidades que devem nortear a gestão desse bem vital.  O Brasil, particularmente, detém cerca de 10 % do total da água doce do Planeta Terra. Esse dado dimensiona a nossa responsabilidade.

       Devemos reconhecer que o valor da água tanto econômico como social e ambiental, toma contornos de extrema delicadeza e sempre que o homem se apropria e usa indiscriminadamente a água, agredindo a sua pureza estará infringindo o mais fundamental dos compromissos com a vida.

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       Considerando o cenário atual da Bacia do Camaquã composto pelos seguintes mananciais: Arroio Turuçu, Arroio Teixeira, Arroio Sutil, Arroio Velhaco, Arroio Duro e Rio Camaquã, podemos dizer que a situação ainda seja confortável e todos eles contribuem de alguma forma com a economia regional. Todos nascem no alto da Serra, desabam das encostas e ribanceiras deixando atrás rápidas corredeiras e cascatas de singular beleza.

            A região do Camaquã é rica em mananciais. A água jorra de todas as fronteiras, sangra das entranhas do nosso solo, cortando e recortando os horizontes. Os cursos chegam à planície contribuindo para a economia local na irrigação do arroz.

            Atualmente a Bacia do Camaquã está sendo objeto de construção do Plano de Bacia, o trabalho esta sendo desenvolvido pela Empresa Gama Engenharia, contratada pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Atualmente está sendo concluída a fase do diagnóstico. Na primeira etapa foram identificados os problemas existentes. Para isso foram promovidas reuniões nos 28 municípios que constituem a bacia do Camaquã.

             Muitos problemas existem em todos os municípios com mais ou menos gravidade. Entre eles está a erosão do solo nas lavouras, que tem comprometido gravemente os mananciais. Ela não só empobrece o solo das coxilhas, como assoreia as calhas dos cursos de água. Foram enumerados também nas reuniões outros fatores que afetam os mananciais tanto na qualidade como na quantidade de água como: os desmatamentos, o esgoto sem tratamento, alguns resíduos industriais expostos, mineração, insumos utilizados na agricultura e que são arrastados pela erosão, descarte irregular de lixo e outros.

Provavelmente para recuperar toda essa situação, serão necessários: alocação de alternativas econômicas para a agricultura, com um rigoroso plano de assistência técnica, investimentos pesados em conservação de solo, aumento dos reservatórios de água, com alternativas para piscicultura, uso racional na irrigação e finalmente o tratamento dos efluentes.

             De tudo que foi observado até agora nada diferencia de outras bacias hidrográficas do Estado. Certamente que na complementação do plano de bacia com o enquadramento das águas e com o plano de ação que incluirá o uso racional, gerenciado com competência e respeito, teremos um importante instrumento de planejamento que ficará como legado para todas as administrações públicas usarem visando adequarem seus investimentos. Pelo menos nós pensamos assim.

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