Um Livro Desnecessário
Livros sempre são fontes de cultura. Por mais simples ou singelo que seja um compêndio resta algo para nele se aprender. Vou mais longe: os livros são fortes pilares da cultura. Nos países desenvolvidos é normal se ver como as pessoas aproveitando o tempo utilizado em deslocamentos nos ônibus, catamarãs e trens urbanos lendo um livro. O que pouco se vê no Brasil, cujo desenvolvimento pleno está longe de ser alcançado.
Desta forma talvez o título deste artigo contrarie minha própria idéia sobre livros. Na realidade tenho sempre um com a leitura em andamento. Na praia, quando a família vai para a água prefiro permanecer sentado sob um guarda sol com um livro.
Mas há um livro com previsão de lançamento para dia 31, em Porto Alegre, e que se destina a defender o indefensável: ex Presidente LULA (veja-se na ZH do dia 30, pág. 10). O livro contesta a sentença do Juiz Sérgio Moro, que condenou o famigerado líder petista a nove anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e outros delitos da espécie em razão de um “triplex”. Que seria mimo decorrente de recursos saqueados em fraudes licitatórias contra a Petrobrás. Fato apurado na investigação LAVA JATO.
Pasme-se, mas o livro tenta provar que a sentença condenou sem provas de que o imóvel fora destinado ao ex Presidente. Embora ele tenha visitado o local, tenha obtido elevador pessoal para subida do térreo até o andar (de cobertura) do apartamento. Tenha estado lá com engenheiros e até com o Diretor Presidente da empreiteira OAS. Que tenha havido depoimento de zelador do prédio dizendo que a falecida esposa de LULA comparecia no local enquanto as obras de aprimoramento eram efetuadas.
O dito livro que tem 542 páginas compila artigos de 120 juristas que tentam demonstrar que o “coitadinho” do ex Presidente é inocente. Homem cujos filhos estão riquíssimos, proprietários de fazendas, mega empresários tudo a partir de 2003, mais especificamente em quatorze anos de governos petistas. Incluindo oito anos de seu pai.
Imagino os argumentos desses “juristas de plantão”. Entre eles, um dos petistas de carteirinha: Tarso Genro, que foi o pior gestor da história do Rio Grande do Sul somado ao de pior Ministro da Justiça do Brasil. Nesse cargo criou o piso nacional para professores no País e, quando Governador negou o pagamento desse piso para os docentes gaúchos. Medíocre nos cargos e sem nenhuma expressão como “pretendido jurista” seu artigo, como dos outros 119, contrariando a sentença corretíssima do excelente Juiz Sergio Moro, nada se pode aproveitar. Salvo para os admiradores de LULA. Na quase sua totalidade integrantes do PT, como sendo uma “seita”; não um partido. Não querem enxergar; logo são os piores cegos como ensina o velho adágio. A conclusão: esse livro é totalmente desnecessário.