Os Cem Dias de Governo
Completados 100 dias de governo do Presidente Bolsonaro, as análises pululam nas mídias. Para não se falar da grande confusão do século XXI: as redes sociais e a mídia eletrônica.
O número, ou o tempo – cem dias – é uma velha alusão a um período historio que foi até hoje do homem mais poderosos de todos os tempos: Napoleão Bonaparte. Derrotado em Leipzig, em 1813, na Alemanha, pelos exércitos da Rússia, Prússia, Áustria e Suécia, Napoleão foi exilado na Ilha de Elba, de onde fugiu em 1815, quando reagrupou parte do exército francês e retornou a Paris, retomando o Governo. Durou apenas 100 dias esse tempo até que foi novamente derrotado em Waterloo. Depois desterrado para a Ilha de Santa Helena, onde morreu em 1821.
Tornou-se atualmente comum se analisar os 100 primeiros dias de qualquer governo. Em Municípios, Estados e União, como sendo um prenúncio do que será a orientação governamental durante o mandato.
Pois bem, embora a imprensa também fale no período igual quanto ao Governo Eduardo Leite, a especulação maior está com o Governo Jair Bolsonaro. Aquele, nosso jovem governador do PSDB até agora está seguindo a mesma linha do antecessor, José Ivo Sartori, do PMDB. A diferença é que o último, muito mais velho, era mais experiente para as negociações. Leite, com menos experiência de vida, tem demonstrado a mesma calma e equilíbrio para negociações difíceis. Para nós, gaúchos, o ideal é que se recuperem as combalidas finanças do Estado.
Quanto ao Governo Federal, o período aponta maiores complicações. Na área de educação ainda não se consolidou. O Ministro da Educação foi exonerado. Novo Ministro nomeado: Abraham Weintraub que parece ter o beneplácito do comentado “guru” presidencial: Olavo de Carvalho. Nem sei por que já que o escritor e intelectual nem mora no Brasil. Mas o Presidente tem dessas, quando resolve admirar alguém.
Em verdade o Governo Bolsonaro ainda está gatinhando. Não decolou. Enfrenta problemas internos. Já ocorreram outras nomeações e destituições. Também aconteceram “ranhuras” com o Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, com o qual é preciso ter bom relacionamento. Afinal as democracias funcionam assim: independência entre os Três Poderes, mas, necessariamente com bom relacionamento. Ou nada dará certo.
Desta maneira esses cem primeiros dias que normalmente dão um espelho do que será todo o tempo, no Caso do Brasil ainda não deu nada concreto. Salvo os filhos do Presidente que já pararam de se intrometer. Provável que levaram um “chega para lá”. O que é bom. Entretanto os brasileiros esperam muito mais. Pois queremos um Brasil consolidado. Sem demagogia. Sem populismo. Sem paternalismo. Como os 16 anos passados.