Não troquem o nome
Entre tantas confusões que o Presidente Michel Temer tem feito durante seu mandato “tampão” demonstram ser ele homem que, político há tantos anos, parece não ter nenhum jogo de cintura. Requisito essencial para o político. A constatação é fácil. Nunca se viram tantas “trapalhadas” em um curto período de tempo. A nomeação da Deputada Federal do PTB do RJ, Cristiane Brasil foi último ato destoante.
Não deveria ter ocorrido. Querer brindar o Presidente daquela sigla, Roberto Jeferson, com nomeação de sua filha para o Ministério do Trabalho não foi medida hábil. Não se nomeia MINISTRO para agradar ninguém. Nomeia-se para exercer um cargo que sirva à nação e aumente a governabilidade. Nada disso a Deputada detinha. Logo, deu no que deu. Todo o desgaste para depois desistir.
Ora, nunca se viu tanta inaptidão governamental em tão pouco tempo. Até parece aquela “enrolada” da ex-presidente Dilma, querendo nomear o ex-presidente LULA como Ministro, em 2016.
Pois este é um País que teve grandes políticos em seu comando. Getúlio Vargas, evidente, o mais hábil de todos. Quem duvidar recomendo ler “As Águas de Março”, do jornalista Juremir Machado.
Outros houveram: Juscelino Kubistchek; o general Ernesto Geisel; e Fernando Henrique Cardoso. Claro que LULA, depois das “falcatruas” apuradas pela Polícia e Justiça em seu Governo, não pode ser chamado de hábil político. DILMA, nem pensar. Foi apenas uma “gerentona”.
Pois bem, mas de todas suas “trapalhadas” aquela que mais abomino foi a intervenção do Presidente Michel Temer na reunião nacional do PMDB sugerindo a troca de nome para MDB. Antiga sigla do Partido que remonta ao período discricionário militar.
Ulysses Guimarães presidia o MDB quando o Regime Militar extingui os dois únicos Partidos existentes (MDB e ARENA) para permitir formação de novos. Genialidade do então Ministro General Golbery do Couto e Silva, para que as esquerdas se dividissem. E continuasse a força da Aliança que sustentava o Regime após redemocratização. Logo Ulysses anunciou“vamos fundar novamente o MDB”. O Ministro Golbery então sugeriu que a legislação obrigasse o nome PARTIDO. Ulysses imediato apresentou o novo nome: Partido do MDB. E assim ficou até agora. O MDB vencera com folga as eleições de 1974 e 1978, e representava um perigo ao que sobrasse da ARENA. Daí Ulysses insistir no nome. O PMDB dominou as eleições das 02 décadas seguintes. Agora, em “outra prova de inabilidade política”, Temer que retirar o “P”. Perdeu outra oportunidade de ficar calado. Não dizer mais bobagens.