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A Guerra dos Mundos e a Imprensa


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 02/11/2019
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Em 30 de outubro de 1938, aconteceu um dos episódios mais preocupantes proporcionados pela mídia em toda sua história. Incipiente na época, a mídia era apenas impressa e radiofônica. Pois naquele dia um locutor que, depois, foi grande ator, diretor e produtor de filmes, Orson Welles, causou pânico nos EEUU.

Jovem locutor da CBS ele levou ao ar uma radiofonização do livro A Guerra dos Mundos, do escritor inglês H. G. Wells, com tal realismo que milhões de pessoas em Nova Iorque, Nova Jersey e Newark saíram às ruas em pânico pela invasão alienígena.

Isso é a imprensa. Que, naquela época era incipiente: jornais e rádios. Nem a televisão havia sido inventada, o que somente veio em 1946.

Certo que povo sem imprensa livre está sujeito às ditaduras. A imprensa com liberdade total é imprescindível para garantir a democracia. Por isso deve ser louvada e defendida. Mas, como naquele episódio de 1938, profissionais da imprensa devem medir suas atuações. Para não disseminar o pânico. Ou insinuar ficções que possam prejudicar pessoas.

Adelaide Carraro, entre outros livros escreveu “Eu e o Governador”. O livro contava a história de um suposto romance entre ela própria e um governador de São Paulo. Nas entre linhas deixava acreditar que tinha sido Janio que foi Vereador naquela Capital; depois Prefeito (56/58), Governador (59/60) e Presidente. Cargo que assumiu em 31.01.1961 e renunciou em 25 de agosto daquele ano.

Quando o livro foi publicado em 1967 ele não tinha mais cargo algum. Mesmo assim ele nunca disse uma palavra sobre o assunto do livro que teve grande circulação e divulgação. Quanto perguntado sobre o livro silenciava. Não respondia. Não falava. Com essa atitude matou, com o tempo o assunto, sem nunca se comprometer.

Essa é a performance ideal para qualquer governante, político, detentor de cargo poderoso. O silencio da pessoa sobre a qual se insinua algum fato desabonado é o melhor remédio. Getúlio Vargas era especialista em ouvir. Quando respondia era objetivo. Excluindo-se memoráveis discursos, populistas ou eruditos, preferia ficar calado. Matava as críticas e charges da imprensa de Assis Chateaubrian com o silêncio.

O jornal “Washington Post” teve dois jornalistas que investigaram o famoso caso “Water Gate”, Richard Nixon se indispôs. Respondeu, esbravejou. Culminou em ser o único Presidente dos Estados Unidos que sofreu um “impeachment”. Perdeu o cargo meio do segundo mandato.

A imprensa, indispensável como pilar da democracia, pode em eventual excesso de crítica; de insinuação; ou de dramatização como aquela de 1938 causar problemas.

A insinuação da TV Globo ao tratar do assassinato da Vereadora Mariele Franco, ao mencionar um porteiro do Condomínio onde reside o Presidente Jair Bolsonaro foi leviana. O Presidente se indignou; respondeu; ameaçou; protestou; esbravejou.

Assim a Globo agiu como Orson Welles. Não como os jornalistas do “Washington Post”.  E o Presidente Bolsonaro se comportou como Nixon. Não como Getúlio ou Jânio.

 


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