Vá em paz, Renatão
Lembro como se fosse hoje, o dia em que conheci o Luiz Renato Barboza. O ano era 2004, ano do cinquentenário da Rádio Camaquense. Ele estava apresentando o Ligação Direta. Do outro lado do vidro do estúdio, percebi o respeito como que o Renatão encarava o microfone. E o respeito que os ouvintes e colaboradores da emissora tinham com o comunicador. Era uma troca em um momento sagrado e tradicional do rádio regional.
E foi nesse espaço que li a primeira notícia ao vivo na emissora. Foi difícil, pois estava sendo analisado pelo maior comunicador da região, e ao mesmo tempo confortável, pois vi que ele tinha gostado e estava me apoiando.
O Renatão sempre foi uma referência profissional para mim e para muitos colegas. O lado empreendedor do comunicador sempre me chamou a atenção. Ele criou eventos e promoções que já duram décadas e que continuam com sucesso até hoje. O Renatão é e sempre foi o cara.
É difícil ser dono do próprio negócio no ramo do jornalismo, ainda mais quando as mídias tradicionais estão em poucas mãos e algumas vezes, em péssimas mãos. Para quem conhece um pouco da história do Renatão sabe do que estou falando. E ele provou que pode ser empreendedor no ramo do jornalismo.
Luiz Renato Barboza, amado e odiado ao mesmo tempo pela forma intensa que viveu. Vá em paz, Renatão. Obrigado por tudo.