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Um ano sem a presença de Luis Claudio o cinegrafista das viagens culturais


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 26/02/2021
 Tempo de leitura estimado: 00:00

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Foto: O artista Luis Claudio Cezar (Lindemann Fotografias)

Na madrugada de quinta-feira, 27 de fevereiro do ano passado o cinegrafista, músico, esportista, viajante cultural e colunista do Clic Camaquã e dojornal Tribuna Centro-Sul, Luis Claudio Cezar da Silva, dizia adeus a esta vida terrena. Suas crônicas muito bem escritas eram postadas semanalmente naquele portal. A última que escreveu para o Clic intitulada “Uma óbvia conclusão”, juntamente com outros textos e sua síntese biográfica integrarão a Antologia VI da CAPOCAM “Poesia em tempos de pandemia”, que será lançada no segundo semestre deste ano. 

Seu estado de saúde era muito delicado devido ao retorno do câncer no pâncreas. Ele estava recebendo doses de morfina e sedativos para se manter tranquilizado, e seguiu lúcido até o instante derradeiro. Naquele momento de despedida escrevi: “Nosso amigo Luis Claudio partiu e a esta altura já deve estar chegando em uma nova dimensão iluminado pelas mãos de Deus. Imagino ele de uma forma serena, sorriso nos lábios, violão a tiracolo, cantando na entrada do céu: “Eu cheguei em frente ao portão…”

Meu último contato com Luis Claudio foi através de uma cartinha, que ele próprio pediu que eu escrevesse numa espécie de ritual de despedida, e inclusive me autorizou a publicar o texto na imprensa após sua partida. Ele estava internado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, e conforme seu último desejo não houve cerimônia fúnebre, sendo seu corpo doado para estudos de anatomia a uma universidade de medicina. 

Luis Claudio era natural de Pelotas onde nasceu em 08 de março de 1966, filho de Claudio Porto da Silva e Maria da Graça Cezar da Silva (in memoriam), e com outros três irmãos, Leonardo, Leandro e Claudia Cristine viveu uma infância humilde na princesa do sul. Ele veio para Camaquã, em 1990, como funcionário do extinto Bamerindus (HSBC/Bradesco), casou-se e teve uma filha: Juliana, que antes de sua morte lhe presenteou com a neta Marieta. Logo após o divórcio de sua esposa Patrícia Meirelles (in memoriam), ele conheceu Tatiane Quevedo Geiger, com quem teve dezessete anos de convivência sempre muito dedicado aos enteados Pedro Henrique e Mêlanie.

Com o fechamento do banco ele passou a atuar como cinegrafista no Foto Trevo, e por parte do amigo Ronaldo Costa sempre teve o maior incentivo para evoluir na profissão. Com a falecida ex-esposa criou a Master Vídeo nos anos 2000, depois em 2006 a Studio Master em parceria com Marco Antônio e Jocinaldo, e na sequência a partir de 2010, a LC Vídeo Maker,com as iniciais de seu nome, fato que muito o orgulhavaao divulgar seu trabalho sempre vestindo as camisetas estampadas com a marca.

Espírito inquieto e aventureiro ele realizou viagens por cerca de 16 países revelando paisagens históricas e culturais incluindo as muralhas da China, os mistérios da Índia, Tailândia,  e Cambodja na Ásia, os enigmas da Ilha de Páscoa, no Chile e a beleza indígena de Machu Picchu, no Peru, bem como esteve na Inglaterra, Holanda e outros países da Europa, além de percorrer o Brasil em várias aventuras inesquecíveis tudo devidamente registrado em DVDs, onde ele atuava como uma espécie de repórter turístico, e em seu retorno editava o material gravado com muito carinho para distribuição e vendas.

Sua última viagem foi realmente simbólica.O cidadão do mundo sempre ficou muito tocado com a história da “Tragédia dos Andes” ou “Milagre dos Andes”, e segundo ele, guardadas as devidas proporções, também passou um período no “meio da neve”, sem esperança nenhuma de conseguir sobreviver. Movido pelo desejo de celebrar a vida, Luis Claudio não teve dúvidas de que iria para Montevideo visitar a amiga Graziela Parrado, irmã de Fernando Parrado, sobrevivente e herói dos Andes. Os irmãos perderam a mãe e a irmã no acidente.

Na época ele revelou ao repórter e comunicador Igor Garcia, hoje no Clic Camaquã: “Esta viagem ao Uruguai é simbólica. Estou me dando esse presente. Assim como eles, os sobreviventes dos Andes, eu também precisei me reinventar. É a minha volta à vida. Não sei quando tempo tenho de vida, mas não vou esperar pra viver, vou viver agora. Aqui está muito bom, estou sentindo o vento e o sol no rosto. A força no meu corpo e a vontade de conhecer lugares novos me fazem sentir vivo. A liberdade me faz sentir vivo, ser dono do meu tempo enquanto eu ainda o tenho.”

Luis Claudio filmou festas, aniversários e eventos com aquele estilo próprio de transformar um momento em família num documento para a posteridade. Muito interativo com todos os tipos de público atuou também incorporando personagens de histórias em quadrinhos em festinhas e eventos culturais infantis. Como esquecer o homem aranha e o pirata do Caribe, que representava nos verões de Santa Catarina? Um de seus últimos trabalhos foi a gravação do DVD “Barbosa Lessa um canto de saudade”, em abril de 2019, no 35 CTG, que estava completando 70 anos. Pouco antes de ser internado pela segunda vez, em outubro daquele ano, gravou um vídeo na Südoktoberfest, de São Lourenço do Sul, apesar de ter descoberto o retorno da doença poucos dias antes.

A partir de 2013, rememorando suas apresentações nas noites de Pelotas investiu na música, e passou a realizar inúmeros shows em Camaquã e Região, com um repertório único que trazia a nostalgia dos grandes hits dos anos 70, 80 e 90. Sua sensibilidade musical o levou a criar o espetáculo “As antigas do Roberto”, onde ele encantava o público personificando e cantando grandes sucessos do rei Roberto Carlos, que ficaram gravados em memoráveis shows no Cine Teatro Coliseu e no Teatro do Sesc, sempre muito bem recebido pelo amigo e gestor da unidade, Daniel Sperb.

Aliás deveria ter sido no Coliseu sua última aparição. Na verdade não teve condições de subir ao palco. Ele participou entusiasmado dos ensaios pois queria muito protagonizar um show de despedida para a terra adotiva que tanto amava mas o retorno da doença não permitiu. Um grupo de amigos liderado pelo músico Fernando Sefrin realizou na noite de 29 de novembro de 2019, um show especial com grandes sucessos da banda Roupa Nova para homenageá-lo.

 Ao longo de sua passagem por Camaquã ele fez diversas coberturas das atividades da Casa do Poeta Camaquense, além de emprestar sua voz e violão para animar os Cafezinho Poéticos, e participar ativamente das atividades sociais da entidade em escolas, centros de idosos, HNSA e Nefroclínica. Como homenagem póstuma Luis Claudio Cezar da Silva foi escolhido como o 16º Patrono de Gestão da CAPOCAM, na atual diretoria sob a presidência da poeta e educadora Inez Ramos Crespo. Em virtude da pandemia ainda não houve a cerimônia presencial, com o descerramento de sua foto na galeria dos homenageados na sede da Casa. Contrariando seu ídolo Roberto Carlos que cantava: “o show já terminou vamos voltar a realidade…” nós insistimos em afirmar que o show tem que continuar pois teu legado será sempre maior que a tua breve passagem pela Terra.

Clic Humor com Sabedoria:“A saudade causa a cada despedida uma morte. E a morte causa a cada encontro uma saudade.” (Matheus Peal)


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