Labor aos Domingos
LABOR AOS DOMINGOS
Bastante polêmico o projeto levado ao Poder Legislativo Camaquense sobre a permissão do comércio local de abrir suas portas aos domingos. É sabido a necessidade de abertura de mais postos de trabalho, mas analisando a questão sob a ótica de Camaquã não me parece que tal situação ocorrerá. Não temos shopping, o varejo daqui caracteriza-se principalmente por estabelecimentos como farmácias, comércio de alimentos, vestuário, eletrodomésticos e concessionárias de veículos. Na área da alimentação já existem alguns mercados e supermercados que suprem o consumo no dia objeto da celeuma, quanto à disponibilidade de medicamentos não há qualquer problema, várias drogarias abrem na integralidade dos finais de semana. Restariam as outras áreas, tenho que a respectiva abertura não ensejaria êxito, vejam, por exemplo, ao menos o pessoal do interior do Município dependente de transporte coletivo teria condições de vir. Por outra, as pessoas se reúnem neste dia, vão a cultos religiosos, festas, viajam, enfim, a cidade fica “morta”. Assim, não vislumbro sucesso na hipótese em discussão, quem sabe num futuro seja viável, hoje não. Aguardemos!
TURBULÊNCIA NACIONAL
Lamento muito pela total ignorância da maioria da população brasileira sobre a instabilidade política e, por conseguinte, econômica vigente no Brasil. Nós cidadãos estamos sofrendo as reais conseqüências da turbulência estabelecida pelo Congresso Nacional, mais precisamente pela Câmara Federal presidida pelo Sr. Eduardo Cunha. Os dois expedientes utilizados são o impeachment da Presidente Dilma e os ilícitos atribuídos ao Chefe do Poder Legislativo. Digo lamentar, porque nos próximo pleito, notadamente a escolha de um representante para a “Casa do Povo”, certamente os eleitores não lembraram em quem votaram na eleição anterior e, com a eterna permanência da reeleição aos legisladores, grande maioria permanecerá no cargo e perfeitamente apto a praticar todos os atos realizados atualmente. Reforma política já!
PARTIDOS E DEMOCRACIA
Todos sabem que partido político é uma organização de (parte) pessoas inseridas na sociedade ideologicamente afins em busca do poder. Evidente que tais agremiações somente podem sobreviver num regime democrático, pois sendo único não tem relação com disputa, simplesmente é absoluto. E, como dito, por ser um organismo deve subordinar-se à disciplina, regras, enfim, próprios de uma entidade associativa que tem seus estatutos a ser observados. O cumprimento das normas pré-estabelecidas é condição vital ao respeito da ordem, antes e acima de tudo ao regime democrático do qual está inserido. Não sendo assim, resta escancarado a utilização de uma sigla partidária para exclusivamente satisfazer os interesses pessoais de alguns, com certeza as pessoas servem aos partidos e não ao contrário (pelo menos deveria). Pelo que se vê por aí, há pessoas filiadas em partidos cujas ideias ou ideais certamente deixariam o Ditador Josef Stalin com inveja. A democracia não é um regime a ser usado ao bel prazer de quem quer que seja, todo o subterfúgio, manobra empregada em seu prejuízo, embora – as vezes – com aparência de regularidade, é uma afronta aos seus princípios e, o pior, mais afeito ao sistema ditatorial.
Para você Pensar:
“De onde menos se espera é que não sai nada mesmo” (Barão de Itararé) Complemento: de positivo, é claro.
Camaquã, 30 de setembro de 2015.
DANILO VÁZ BELTRAMI – INTERINO